Jorge Corrula é um dos nomes que integra o elenco da novela Vitória, que estreou na última segunda-feira, 22 de setembro, na SIC. Na trama, o ator dá vida a 'João Nobre', amor da juventude de 'Vitória' (Claúdia Vieira) e seu aliado na luta pela guarda dos filhos.
Em noite de estreia, estivemos à conversa com o ator que assumiu ter ficado “muito surpreendido” com o primeiro episódio da novela.
“Estava com uma grande expectativa e alguma ansiedade, porque nós, efetivamente, já gravámos 70% da história. Normalmente quando gravamos, gravamos episódios alternados. Gravamos um 40 com um episódio 5, com um episódio 10, e aqui nós, começámos praticamente a gravar os primeiros episódios. Portanto, para os atores é um bocadinho um arranque a frio e estava mais ansioso por causa disso também”, começou por referir.
“Eu sabia que a história é muito forte, é muito pesada, que envolve um grande risco para todos em termos de trabalho, de realizadores, de atores, de edição, de escrita e eu fiquei muito surpreendido com o primeiro episódio”, notou ainda, acrescentando que ficou com vontade de conhecer a história de outros personagens.
Como é sabido, a nova novela da SIC é uma adaptação de uma produção turca e Jorge Corrula assume não ter visto qualquer cena da obra original. “Eu não vi absolutamente nada, normalmente, quando as coisas já estão feitas, eu não vejo nada, faço questão de não ver nada para não ser influenciado”, notou.
Para preparar o seu personagem, o ator procurou conhecê-lo de “fio a pavio”, tendo em conta os diversos contextos. “Foi estar muito ciente da sua dificuldade, do que o move, do seu contexto e do seu percurso de vida, desde a infância até ao ponto em que ele reencontra a Vitória”, explicou.
“Basicamente foi estar por dentro do personagem e criar uma história que não estava escrita, criar uma história de antes. Como esta novela é feita de vários reencontros, vão havendo flashbacks ao longo dos próximos episódios e isso também me ajudou", referiu.
Já sobre a contracena com Cláudia Vieira, Jorge Corrula deixou vários elogios à atriz. ”A Cláudia é um poço de boa energia (…) Vi agora o primeiro episódio, tal como toda a gente, e estou muito surpreendido com o trabalho dela e muito feliz também, porque o facto de ela estar bem também alivia a fasquia”, notou.
A família da ficção
Além das cenas com Cláudia Vieira, Jorge Corrula cruza-se com a personagem de Vanessa Giácomo, e ambos dão a vida a um casal na trama.
“Foi uma grande surpresa. Eu já tinha trabalhado com alguns atores brasileiros, eu sei que eles são viscerais, e a Vanessa não foge a essa organicidade que ela tem nas cenas, ao fazer as cenas muito por dentro, quase sem técnica, o que é um contrassenso, vindo da Globo”, referiu, prometendo muitas cenas que “vão agarrar” o público.
A este núcleo familiar junta-se ainda Beatriz Frazão, que dá vida à filha de ambos na ficção, e a ‘química’ foi imediata.
“A minha principal preocupação é dar credibilidade ao personagem e, às vezes, é muito difícil criar laços logo nos primeiros episódios, sobretudo laços familiares bem vincados e sólidos. [A relação com a Beatriz] foi quase orgânica. É muito fácil trabalhar com ela, de maneira que foi muito fácil rever-me enquanto pai da Beatriz e acho que isso depois também se nota nas cenas”, completou.