Depois de Rúben Semedo ter sido libertado sob uma fiança de dez mil euros, a mãe da jovem que acusa o jogador de violação quebrou o silêncio. Num comunicado divulgado pela imprensa grega, a progenitora da alegada vítima esclareceu a alegada mensagem de extorsão enviada ao futebolista português antes da sua detenção ("Boa sorte na prisão.15 mil euros e não digo nada").
"Quanto à mensagem supostamente ameaçadora e chantagista recebida por um dos acusados [Rúben Semedo] pouco antes da acusação ser tornada pública, esclareço que ela partiu de uma conta do Instagram com os seus dados visíveis. Essa pessoa é seguidora da minha filha nessa rede social e trocou contacto com ela apenas uma vez. Acreditamos que essa pessoa obteve a informação através do círculo de amigos da minha filha, a quem ela recorreu para falar do seu problema", referiu a progenitora, numa nota divulgada pelo advogado Alexis Kougias.
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Já sobre um vídeo que circula no internet e no qual alegadamente, a jovem surge a envolver-se sexualmente num carro com o jogador, antes de irem para a sua casa naquela noite, a mãe da suposta vítima não tem dúvidas. "A minha filha não aparece nele. Na verdade, nem mesmo a rapariga que estava com ela naquela noite aparece nesse vídeo. Este é um vídeo, em que aparece um dos arguidos, com duas raparigas independentemente do caso, muito provavelmente num carro que não o usado naquela noite", referiu.
"E vocês estão felizes que um atleta de 27 anos, um exemplo para muitos jovens, ande com meninas menores de idade? É prática comum o acusado filmar os menores com quem tem um caso? Existem outros vídeos de pornografia infantil no telemóvel dele?", questionou.
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A mãe da suposta vítima assegurou ainda que a filha não trocou nenhuma mensagem com os dois arguidos e que recusou o convite para um encontro no dia seguinte ao alegado episódio de violação.
"Há uma semana que tenho estado a ver, em silêncio, apavorada e sem conseguir reagir, a minha família ser devorada pelos média e principalmente pelas redes sociais. Acho que todos podemos concordar que uma rapariga tem o direito de usar as roupas de que gosta, de publicar fotos provocantes nas redes sociais de biquíni e que isso não é um convite para a violação", completou.