A entrevista dada pelo príncipe Harry de Inglaterra e a mulher, Meghan Markle, a Oprah Winfrey, transmitida este domingo, 7 de março, pela CBS é uma verdadeira bomba. Além de acusar a família real britânica de “perpetuar mentiras” a seu respeito, a atriz fez ainda outras declarações muito polémicas, nomeadamente sobre saúde mental.
Emocionada, a duquesa de Sussex admitiu que teve pensamentos suicidas durante o período em que viveu em Londres, Inglaterra, e que, apesar dos repetidos pedidos, não recebeu qualquer apoio psicológico. "Simplesmente não queria mais viver. E esses foram pensamentos constantes, aterradores, reais e muito claros", disse Meghan, culpando a cobertura agressiva dos media britânicos pelo seu estado. “Eu tinha muita vergonha de dizer o que sentia na altura. Vergonha de ter de admiti-lo, especialmente ao Harry, porque eu sabia o quanto ele já tinha sofrido com uma perda [da mãe, a princesa Diana], mas eu sabia que se não o dissesse, acabaria por fazê-lo”, completou.
A atriz, de 39 anos, garantiu que pediu ajuda a diversas pessoas dentro da Casa Real, insistindo na necessidade que tinha de tratamento médico, mas que não teve qualquer apoio. “Foi-me dito que não podia, que não seria bom para a instituição”, disse.
Nesta ‘conversa’ com a sua amiga de longa da data, Meghan Markle falou do isolamento que sentiu e de como isso a fazia pensar na princesa Diana, que morreu em agosto de 1998 durante uma perseguição de paparazzi, em Paris, França. A duquesa de Sussex revela que começou a sentir-se muito sozinha e que lhe foram impostos limites. Deixou, por exemplo, de poder fazer atividades normais como almoçar com amigos. “Não podia mais estar sozinha. Só não me sentia sozinha com o Harry, mas ele tinha de trabalhar, de se ausentar (…) e havia muito pouco que me era permitido fazer. Claro que isso gera solidão”, adiantou ainda, antes de admitir a Oprah Winfrey que não ficou silêncio por opção, mas que “foi silenciada”.
Tudo isto fez com que, em novembro de 2019, cerca de seis meses depois do nascimento do filho, Archie, o casal se mudasse por algum tempo para o Canadá, onde Meghan vivia antes do casamento. Foi nessa altura que o casal decidiu afastar-se dos deveres reais.
Durante a entrevista, Meghan Markle, que é mestiça, falou ainda da preocupação da família real com a cor da pele do pequeno Archie antes do seu nascimento, revelou que o Palácio de Buckingham se recusou a conceder proteção ao menino e que muitos membros da Casa Real consideraram mesmo que este não deveria receber um título nobiliárquico, embora seja essa a tradição. A atriz deixa, assim, claro que se sentiu discriminada das mais variadas formas. Um episódio em que Kate a fez chorar e a revelação do sexo do segundo filho, cujo nascimento está previsto para os próximos meses também foram abordados durante esta conversa que promete fazer correr muita tinta na imprensa de todo o mundo.
Não perca a entrevista em exclusivo na SIC, este domingo, 14 de março.