Diogo Piçarra foi o grande vencedor da segunda semifinal do Festival da Canção que decorreu este domingo, 25 de fevereiro. O artista foi o mais votado pelo júri e o público e garantiu assim um lugar na final que se irá realizar no próximo dia 4 de março, em Guimarães. Contudo apesar da vitória, Diogo Piçarra vê agora o seu nome envolvido numa polémica. Alguns internautas afirmam que o tema composto e interpretado pelo músico, Canção do Fim, é um plágio da música, Abre meus olhos, que faz parte do álbum Cânticos do Reino, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Entretanto na sua página de Facebook, Diogo Piçarra já reagiu às acusações de plágio num longo texto em que afirma que “a simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que nunca estará nesta posição. Faz parte da vida de um compositor e é algo que todos nós iremos ‘sofrer’ a vida toda”.
Adianta ainda que a canção surgiu em 2016, assim como músicas do seu novo álbum “do=s” e que a manteve guardada “por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música”.
Afirma ainda que a “a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói”. “A minha consciência está tranquila na medida em que eu próprio sou quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico. Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções”.
Lembra ainda que “as melodias na música não são ilimitadas. Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer”.
E conclui, afirmando que, “afinal as pessoas quando olham, veem tudo, no entanto, só o lado mau que procuram destruir. Mas, infelizmente, informo que isso nunca acontecerá”, agradecendo, contudo “a esta família gigante que me apoia sempre”.
Oiça as duas músicas:

