
Maria Helena Martins esteve esta sexta-feira, 5 de julho, n’O Programa da Cristina. A taróloga falou sobre a juventude, reviveu o namoro e o casamento de 52 anos com o marido, Carlos, e recordou o momento que a marcou para a vida toda: o suicídio do pai.
Maria Helena tinha seis anos quando o seu progenitor decidiu colocar termo à vida. “Infelizmente, ninguém da minha família está comigo. Os meus irmãos faleceram … O meu faleceu, tinha eu seis anos. Uma miúda disse-me: ‘O teu pai suicidou-se. Matou-se debaixo de um comboio’”, começou por contar.
“É uma falha que fica eternamente, enquanto nós existimos. Por mais amor que tenhamos, o amor de um pai, de uma mãe é insubstituível”, frisou, visivelmente emocionada.
A taróloga comparou a sua perda com situações em que as crianças se vêm impedidas de conviver com os pais. “Eu fico sempre muito triste quando vejo estes pais, estas mães que não deixam ver os filhos. Elas nãos sabem o que estão a fazer àquela criança, elas não sonham. Aquelas crianças vão ficar com uma falta que nunca vai ser colmatada”, salientou.
Quanto ao motivo pelo qual o seu pai cometeu suicídio, Maria Helena nunca procurou respostas. “ Eu nunca fui procurar o ‘porquê’, mas que nos meus 70 anos de vida, já encontrei a resposta”, começou por referir. “Uma pessoa só parte, quando ele já não se enquadra nesta vida, quando sente que está a mais, quando nada faz sentido para ela, quando viver é uma dor tão grande, mas tão grande que ela prefere partir”, afirmou, não esquecendo quem já superou essas mesmas adversidades.
“Admiro muito as pessoas que pensam em suicídio e que depois têm aquela força e dizem: ‘Não. Eu sou mais forte. Eu vou viver [...] Há alturas que para viver é preciso muita, muita coragem”, rematou.