Inês Herédia: “Deixei de ir estudar para Nova Iorque para reconquistar uma mulher”

A atriz foi convidada da rubrica “Jogo da Roleta” do programa das manhãs da SIC.

Inês Herédia
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Reprodução Instagram, DR

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Inês Herédia foi a convidada desta quinta-feira na rubrica “Jogo da Roleta”, do programa “Queridas Manhãs”. Em conversa com Ana Marques e Cláudio Ramos, Inês falou sobre preconceito, sobre a aceitação da homossexualidade no seu meio social e familiar e abriu as portas do seu coração sobre detalhes da sua vida amorosa.

"Entrei numa escola em Nova Iorque para ir estudar teatro e não fui para reconquistá-la"

Em resposta a uma das perguntas, revelou que deixou de ir estudar teatro para Nova Iorque para reconquistar a mulher que amava na altura, tinha 18 ou 19 anos. “Estava loucamente apaixonada, mas a relação tinha acabado. Ninguém sabia, porque eu estava dentro do armário. Entrei numa escola em Nova Iorque para ir estudar teatro e não fui para reconquistá-la e fiquei cá”. A relação não voltou, mas não se arrependeu: “Ganha-se tanto. É horrível mas tu ganhas tanto com as decisões que tomas e que não são egoístas. Aquilo não foi por mim, foi ‘ela é a mulher da minha vida, vou ficar aqui e vou lutar’. De repente, o mundo acontece de maneira diferente, mas eu tinha que ficar cá porque tinha de aprender aquilo na minha vida.

Depois de muitos anos a tentar lutar contra a homossexualidade, Inês é hoje uma mulher resolvida e que vive o amor ao lado de outra mulher. Casou com Gabriela Sobral em fevereiro deste ano e está grávida de gémeos, no sexto mês de gestação. Ainda no programa, confessa que decidiu falar abertamente sobre a sua vida pessoal porque sente que assim ajuda outras pessoas. “A quantidade de mensagens que recebo nas redes sociais só a dizer ‘obrigada’ ou que as minhas palavras ajudaram de alguma foram, já vale tanto”.

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"É mais fácil amar uma mulher"

A atriz contou ainda que se apaixonou por um homem na vida, na adolescência, mas que hoje em dia já não vê isso acontecer. “É mais fácil amar uma mulher” e explica que “as mulheres têm mais camadas, o amor renova-se constantemente (…) Há muito mais para amar, é infinito”, referindo-se a uma descoberta constante. “Os homens são mais ‘what you see is what you get’ [aquilo que vês é aquilo que tens]”. Mas, talvez por isso, é a eles que recorre quando precisa de opiniões mais objetivas: “Quando preciso de conselhos vou logo falar com os meus amigos homens. Eles simplificam mais”.

"É aqui que tu descobres realmente o amor que alguém sente por ti"

Sobre a fase familiar que está a viver, diz que é aqui “que tu descobres realmente o amor que alguém sente por ti, porque [a Gabriela] tem uma paciência… Ela tenta sempre ir ao meu encontro e perceber o que é que se passa, por mais que saiba que, dali a 20 minutos, aquela crise por que eu estou a passar, já não vai existir”, referindo-se às alterações hormonais causadas pela gravidez que, admite, não serem fáceis de perceber e lidar: “Acho que não tinha paciência para ter uma mulher grávida ao meu lado”, diz em tom de brincadeira.

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Veja aqui o vídeo com a conversa completa.