Sónia Tavares recorreu-se da sua conta oficial no Instagram para partilhar um longo texto, em jeito de desabafo e de reflexão. Esta segunda-feira, dia 12 de dezembro, a cantora decidiu falar sobre os vários insultos de que costuma ser alvo, afirmando, ainda assim, não se “importar“ com a situação.
“Travesti, homem, drogada ou não merece o ar que respira são os insultos mais comuns. Alguns ainda conseguem qualquer coisa mais cara, como grotesca. Eu não me importo, mas sempre ouvi dizer que quem não sente, não é filho de boa gente“, começou por escrever a artista, nas stories da rede social.
“Sou só uma cantora, só quero atravessar a estrada para chegar ao outro lado. Não governo um país, não sou assassina, nem corrupta. Não sou criminosa, pago impostos e praticamente só saio de casa para trabalhar. Faço música para quem a quiser ouvir, tenho o coração do lado esquerdo e o cérebro dentro do crânio. Não sou indiferente ao ódio, assim como não sou ao amor“, continuou a descrever.
De seguida, e em jeito de desabafo, Sónia Tavares referiu: “Não, não sou superior o suficiente para dizer que vozes de burro não chegam ao céu. Não estou no céu, estou bem aqui e, por dentro, sou igual a todos, pior ou melhor conservada. A qualidade de artista ou figura pública não me deixa automaticamente imune ao veneno. Não me cega, nem me tapa os ouvidos“, referiu Sónia Tavares.
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“E afinal quem é que decidiu que o melhor é fazer orelhas moucas a isso tudo? E quem é que decidiu que eu não me posso expressar da mesma maneira? E por que é que ficar ofendida é um sinal de fraqueza e se me defender sou mal educada ou simplesmente pior pessoa?“, questionou ainda.
Já no final, a vocalista dos The Gift rematou: “E quem é que decidiu que o pedestal de famoso é uma espécie de alvo com maior visibilidade e que está proibido de ripostar? É, à partida, injusto, sobretudo quando se é apenas alguém que quer ter comida na mesa e escolheu a criminosa realidade de ser artista, tão pelintra como outra qualquer“, finalizou.