Há uma história que está a dividir os internautas: um casal pediu para mudar de lugar num restaurante porque não aguentava ouvir o choro do bebé e a mãe da criança não terá gostado, o que gerou discussão dentro e fora do local. Baseando-se numa notícia da MAGG, que citou o que uma mulher escreveu na rede social Reddit, António Raminhos decidiu comentar o caso.
“Parece que isto é discussão na net porque há quem diga que o casal não devia ter mudado de lugar e devia ter aguentado o choro do puto… Malta, isto para mim é muito simples”, começou por escrever na publicação da sua conta de Instagram.
“Quem acha que o casal não devia ter mudado de lugar só pode ser um pai/mãe desesperado que não quer ficar sozinho a aguentar o choro do seu filho. É alguém que internamente está a dizer ‘se mais pessoas estiverem aqui comigo isto vai parecer super natural e estamos todos num restaurante super felizes!’ (cara de louco que não dorme há 15 dias)”, afirmou.
O humorista continuou a dar a sua opinião: “Sim, é super natural um puto chorar, sim é natural estar desesperado em locais públicos, mas também é normal se alguém pedir para mudar de lugar. Se fosse o pai com o puto agradecia que os outros mudassem de lugar, tirava-me peso das costas e o mais certo era eu ainda dizer ‘peço desculpa… mas é assim. São cólicas ou o c******'”, disse.
“Se fosse eu, e estivesse realmente incomodado, provavelmente mudava de lugar. Também havia uma terceira hipótese. Era eu dizer à senhora, ‘está complicado isso não está? Posso pegar um pouco no bebé? Sim… obrigado!’ E metia-lhe um pontapé no cu que voasse até à rua. Tudo sossegado. Bom jantar”, acrescentou.
“Viram? Como parecia estar tudo a correr bem e depois dei uma guinada? Tranquilo. Nunca pontapeei bebés… nem aconselho… é para efeitos de comédia. Não o façam, mudem só de lugar, aguentem o choro ou realmente mostrem a vossa empatia para o casal e o seu filho”, rematou.
Está a gerar discussão nas redes sociais: quem tem razão?
Na caixa de comentários da publicação de António Raminhos, as opiniões dividem-se. Eis alguns exemplos:
“Quando se vai a um restaurante é para se estar tranquilo, e o choro de um bebé não dá tranquilidade nenhuma, nem aos pais nem a quem está à volta”
“O problema é que hoje em dia quem tem filhos, está tudo bem! Quem não tem – porque nao quer ou não pode – tem de aguentar o dos outros. E cai o Carmo e a Trindade quando não aceita. Eu vou jantar a um restaurante, está a meu lado uma criança a chorar…acho bem mais empático eu mudar de sítio do que a mãe/pai da criança”
“Se fosse eu, perguntava se esse casal tinha filhos! Sou mãe e, passei por situações assim e, ninguém me chateou! Francamente!”
“O choro de uma criança incomoda? Pode incomodar e todos temos o direito a não gostar, mas incomoda-me muito mais estar num restaurante e ouvir grupos que falam muito alto, aniversariantes que acham que todos temos de lhes cantar o ‘Parabéns a você’, despedidas de solteira em que parecem uma tourada, etc. Já pensaram que há atitudes que incomodam muito mais como alguém estar ébrio e falar ou berrar muita alto? Alguém lhes chama à atenção ou pedem para mudar de lugar? Duvido muito”
“Entendo ambas as partes, no entanto, depende do estado mental de quem calha ao pé de quem. Se o choro da criança perturbou o estado mental do casal, eles fizeram o melhor que souberam que foi ir para outro lado da sala. Não entendo como é que isso pode ofender alguém….”