Em dezembro de 2019, a psicóloga e política Joana Amaral Dias perdia o pai, vítima de um ataque cardíaco. Devido ao demorado prestar de auxílio a Carlos Amaral Dias, o então professor universitário veio a morrer dentro de uma ambulância, no centro de Lisboa, depois de horas à espera de ajuda.
Esta sexta-feira, dia 26 de agosto, Joana Amaral Dias começou o dia com uma dedicatória ao seu progenitor que, se fosse vivo, completaria mais um ano de vida. “Um pai não morre enquanto uma filha o amar“, começou por declarar a psicóloga.
No entanto, no seu longo desabafo, partilhado na conta oficial de Instagram, a também política deixa uma mensagem de revolta pela forma como o pai acabou por morrer, e declarando ainda que, três anos depois da sua partida, ainda continua à espera “que se faça justiça“.
“Hoje seria o aniversário de Carlos Amaral Dias. Talvez ainda o pudéssemos celebrar se Portugal não fosse um Estado Falhado e não tivesse deixado o meu pai morrer na rua, sozinho, desamparado, na expectativa de uma ambulância que chegasse e funcionasse“, referiu.
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“Amanhã serás tu ou quem amas. Se os nossos impostos não servem para garantir respostas na emergência, servem para quê? Quem nos acode? O meu pai perdeu assim a vida em dezembro de 2019. Quase 3 anos depois, ainda aguardamos que se faça justiça. Nunca desistirei nem esquecerei“, apontou ainda a psicóloga.
No final da sua reflexão, Joana Amaral Dias aponta que o assinalar da data de nascimento do pai lhe serve para que, em sinal de esperança, a sua memória “possa finalmente descansar em paz“, rematou.