Mário Augusto recorreu-se da sua conta oficial no Facebook, esta segunda-feira, dia 14 de novembro, para deixar uma nota sobre uma situação que envolve uma cadeira de rodas para a filha, Rita, que sofre de paralisia cerebral.
Numa longa publicação, onde começa por elogiar a força e a resiliência das suas duas mulheres, o jornalista não conseguiu evitar uma crítica à falta de resposta sobre a vinda de uma cadeira para a jovem, já pedida há algum tempo.
“A vida para ser bem feita e vivida (mesmo com um ou outro grão de areia na engrenagem e a constante necessidade de afinar a marcha e os azimutes) tem que ser como quem monta um puzzle dos difíceis, daqueles de mil peças. (…) O que sobra é a vontade e a paciência de saber encaixar por cores e tonalidades, que como sabemos do mundo, nem todas se podem ver de igual forma. Há nisso olhares, cumplicidades, vontades iguais ou discordantes, mas sempre vontades“, começou por escrever.
Depois de deixar elogios à mulher e à filha, e numa altura em que Rita está, novamente, a atravessar por uma fase mais complicada em termos de saúde, Mário Augusto ressalva a capacidade de superação da jovem, destacando ainda a sua força de vontade.
“A resiliência dela é inoxidável quando pelos anos, a nossa vontade já oxida e enferruja“, confessou, antes de denunciar a situação da cadeira de rodas.
“Já agora e para que saibam… da segurança social de Aveiro, nem pio, nem um postalinho ou mensagem que lhes denuncia a falta de respeito, a vergonha por não terem cumprido até agora o que prometeram, e pior ainda dar uma satisfação conforme prevê a lei“, escreveu o jornalista.
“Em junho disseram (ano e meio depois da prescrição) que a cadeira da Rita, depois de umas quantas peripécias, estava já cabimentada, seria enviado o valor da referida cadeira. (…) Apesar da lei ser muito clara nos prazos de resposta (pelo menos resposta ou uma satisfação ao utente), nem aluindo por aqui a incompetência ou insensibilidade de quem coordena estes organismos, nada“.
“As orelhas moucas de quem lidera (neste caso a segurança social de Aveiro) não lhes dá sequer um sentimento de vergonha por não cumprirem nem prazos, nem direito a respostas ou justificações por não satisfazerem a lei de informar sobre o estado das coisas. Outra vez vergonha, esperemos que seja o Pai Natal a trazer a boa nova, ou uma notícia que seja“, desabafou.
Já no final, Mário Augusto escreveu: “Penso muitas vezes naqueles que sofrem sem conhecer os direitos, são ignorados pelos serviços e burocracias e quando levantam o dedo há sempre alguém a fazer tiro ao alvo de um dedo de indignação e revolta“, rematou.