Guilherme de Pádua morreu no domingo, dia 6 de novembro, após ter sofrido um ataque cardíaco, e – ao contrário de muitos outros atores que já faleceram – as redes sociais não foram inundadas de homenagens. Isto porque o ator de 53 anos cometeu um crime macabro que chocou o Brasil em 1992.
Daniella Perez tinha apenas 22 anos e uma grande carreira à sua espera quando foi assassinada pelo ator, com quem tinha uma relação ficcional na novela De Corpo e Alma. O seu corpo foi encontrado numa zona de mato, no oeste do Rio de Janeiro, com 18 facadas, a maioria perto do coração. A arma do crime nunca foi encontrada.
Raul Ganzolla, que era casado com Daniella, reagiu à morte de Guilherme de Pádua: “O planeta amanheceu melhor, o ar mais limpo”, começou por dizer o ator da Globo ao jornal Folha de São Paulo.
“Até o bispo da igreja dele [Márcio Valadão] deu a notícia rindo. Devia ser um tormento para a igreja ter como pastor um assassino com um ego tão grande quanto seu crime“, acrescentou, referindo-se ao facto do ator ser pastor numa igreja baptista nos últimos anos.
“Já foi tarde. Agora tem que acertar as contas com o invertido, o capiroto, o coisa ruim. Vamos seguir em frente e agradecer por estarmos em um mundo melhor hoje”, completou.
É importante referir que Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos de cadeia pelo homicídio, cometido com a ajuda da mulher, Paula Thomaz, que estava grávida do ator e foi condenada a 18 anos. O motivo: Paula tinha ciúmes da relação ficcional e Guilherme estava descontente com o seu papel na novela. No entanto, só cumpriram um terço da pena.
Pacto Brutal: o assassinato de Daniella Perez é o nome do documentário deste ano sobre a morte da atriz, da HBO Max Brasil, e que junta depoimentos de amigos e colegas da atriz, como Cláudia Raia, Fábio Assunção, José Mayer e Betty Faria, e relatos da mãe, Glória Perez.