Os Excesso estão de volta 25 anos depois, com dois concertos únicos em Lisboa e no Porto, onde prometem trazer clássicos e temas novos. Carlos, Melão, Gonzo, Duck e João Portugal já estão a fazer os últimos ensaios antes de subirem ao palco e contaram ao site do ‘Fama Show’ sobre como está a ser este regresso da boysband.
“Há 23 anos foi a última vez que todos juntos pisámos um palco e há uma responsabilidde acrescida, sem dúvida. Pode ser colmatada com trabalho árduo – que é o que temos feito -, dedicação e muita consistência. Todos os dias temos um percurso de tarefas que têm estado a vir a ser realizadas para que, quando chegue o dia, a gente sem luz e de olhos fechados vamos conseguir fazer o espetáculo com toda a certeza”, começou por dizer Carlos.
Para isso, os cinco elementos da banda contam com um ritual que recuperaram e que prometem fazer “igualzinho” antes de entrar em palco. “Eu tenho um crucifixo que me acompanha – há 25 anos que me foi oferecido pelo Melão -, crucifixo esse que nós beijamos os cinco antes de entrar em palco. Depois unimos as nossas mãos e gritamos Excesso e naquele momento une-se ali uma força que nós não conseguimos explicar e o resto acontece em cima do palco“, contou Duck.
Um mix entre os clássicos e novidades: “Vamos tentar surpreender”
Os Excesso prometem manter a sua essência, acrescentando algumas novidades e surpresas musicais, bem como em coreografia e guarda-roupa. “Queremos dar o melhor espetáculo possível em todos os aspetos. Essa preocupação existe, está a ser preparado e vamos tentar surpreender as pessoas. Vai acontecer mudas de roupa, em cima do palco não sei… O Duck vai voltar ao original: vai usar um kilt“, afirmou Gonzo.
“Um bocadinho mais velhos e mais apurados” é como os cinco elementos se descrevem, acrescentando que cada um tem características específicas que levam ao sucesso da banda. “Somos os cinco dedos de uma mão. Se faltar um dos dedos, quando quiseres dar um passou-bem, não vai funcionar da mesma maneira. Cada um de nós os cinco traz algo diferente e importante à banda, ao grupo e ao público em geral e acima de tudo aos nossos fãs que nos seguiram mesmo quando já tínhamos dúvidas de que alguma coisa deste género iria acontecer, eles sempre apelaram ‘nós queremos’ e estamos aqui”, explicou Melão.
(Créditos: Manuel Guerra)
“Acabámos o espetáculo com um microfone e com as pessoas todas em cima de nós”
Estes dois concertos estão a ser planeados ao pormenor, mas a banda já passou por algumas peripécias há mais de duas décadas que ficam na memória. “No início, na correria inicial dos Excesso, nós fazíamos dois ou três espetáculos por dia. Recordo-me de um espetáculo no Norte, numa discoteca, em que estava tudo preparado menos o palco. O espetáculo foi numa pista de dança, com umas cordas e com o público à volta. Não havia cinco microfones, havia quatro mais o do disc jockey com um adaptador em baixo. Acabámos o espetáculo com um microfone – porque os outros deram o berro -, e com as pessoas todas em cima de nós”, contou Duck.
“Quando começámos foi um loucura de tal ordem que as condições às vezes não eram as ideais e fazíamos dois ou três espetáculos por dia. E portanto, como devem calcular, aconteceram muitas coisas fora do normal que se calhar hoje em dia é completamente inconcebível. Até nesse aspeto foi um excesso”, referiu Gonzo.
Recorde-se de que os Excesso atuam já no dia 19 de maio na Altice Arena, em Lisboa, e no dia 17 de junho na Super Bock Arena, no Porto.