Tony Carreira esteve novamente à conversa com Manuel Luís Goucha e voltou a falar sobre a perda da filha, Sara Carreira, que morreu em dezembro de 2020 após um acidente de viação. A jovem tinha 21 anos.
O cantor falou sobre o apoio e o carinho que recebe dos fãs após a tragédia: “Aquilo que estou a viver é muito duro, muito difícil, é desumano e há milhares de pessoas que vivem aquilo que estou a viver e que não têm o carinho que tenho, aquilo que me dão, que o público me dão, que os portugueses me dão”, disse.
“Esta tragédia também me trouxe ainda mais humildade perante a vida porque não mandamos absolutamente nada”, acrescentou. “Se há um sentido da vida, não sei qual é.”
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Apesar de ter consultado psicólogos após conselho de amigos, Tony explicou o porquê de ter decidido “não seguir por esse caminho”: “Ouvi uma palavra que me ajudou bastante. Quando eu questionava se o meu caminho passava por ali, se a ajuda era por ali, aquilo que em disseram foi vamos conseguir dar-lhe ferramentas para conseguir tentar superar e a palavra ‘ferramentas’ ficou-me na cabeça”, disse, referindo que a ferramenta que o “ajuda muito” é trabalhar todos os dias a Associação Sara Carreira.
“Ela estará no meu coração até ao fim dos meus dias”, afirmou. O músico também contou que “precisa de falar dela todos os dias” e “ali por volta das 22 horas acendo a minha vela e falo com ela”. Tony Carreira continua a ir ao cemitério visitar a campa da filha: “É um sítio de paz para mim. Fisicamente é ali que ela está. Falo [com ela], não sei se me está a ouvir, mas caso esteja…”, desabafou. “A falta dela é muito grande e muito dura.”
