Tony Carreira abriu novamente o coração em conversa com Manuel Luís Goucha e falou sobre a tragédia na sua família: a morte da filha mais nova, Sara Carreira, que morreu aos 21 anos após um acidente de viação, em dezembro de 2020.
Desde então têm sido publicadas muitas notícias sobre o sucedido, inclusive rumores de pessoas estarem à porta do cemitério a pedir para tirar fotografias e autógrafos. “Isso é totalmente mentira“, afirmou. “Não posso negar que uma vez ou duas, em dois anos, pessoas que estavam até a homenagear a campa da minha filha e que me tenham pedido se podiam tirar uma fotografia, às quais sempre respondi com muita calma e tranquilidade: ‘Se não se importam, aqui não’. E as pessoas entendem perfeitamente. Estamos a falar de um caso ou outro. Quem disse isso mentiu”, acrescentou.
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Mas não acaba por aqui. O cantor aproveitou para desmentir outras notícias “como quando disseram que eu tive um acidente de carro e que isso me fez reviver a tragédia da minha filha. Isso tocou-me muito. É de uma crueldade dizer isso e acho que a única maneira que as pessoas têm que castigar esse tipo de crueldade é deixarem de comprar esse tipo de revista”.
“O que aconteceu no trânsito não foi absolutamente nada. Foi trânsito parado, e um senhor deu-me um leve toque no carro. Desço do carro, o senhor também, e eu disse que estava tudo bem, pedi só o contacto para o caso de haver alguma coisa… Até lhe vou ligar um dia destes porque ele é canalizador e eu preciso de um canalizador”, contou.
“A única coisa que peço desde o primeiro dia é saber o que aconteceu ali“
Por fim, Tony Carreira também falou sobre Ivo Lucas, que estava a conduzir o carro onde seguia Sara Carreira no dia da tragédia. “Dói à minha família quando escrevem que queremos o Ivo Lucas e outras tantas pessoas na prisão. Isso é mentira“, disse.
“Não ficaria feliz se visse alguém preso em relação a este processo porque nada me vai trazer a minha filha. Não tenho contacto com as pessoas que estiveram envolvidas no acidente. A única coisa que peço desde o primeiro dia é saber o que aconteceu ali. Não quero prejudicar ninguém, que não tenha culpa daquilo, mas não sou eu quem vai decidir quem tem culpa ou não, são os tribunais”, acrescentou.
“E se há alguma coisa que tenho de criticar no dia de hoje são os tribunais, porque passaram quase dois anos e estamos exatamente no patamar de partida. A nossa justiça não funciona. A nossa justiça nestes casos – que tenho-me cruzado com imensos pais que estão a viver o mesmo drama – é cruel porque neste momento há uma guerra interna – o Ministério Público fez um relatório que não está bem feito, aparentemente. Com a juíza já falaram o que tinham a falar, e no dia de hoje estamos exatamente no patamar do início. Isto não é justiça, é crueldade”, destacou.