Rui Bandeira foi um dos convidados do programa das tardes da SIC, esta quarta-feira, 8 de fevereiro. Em conversa com Júlia Pinheiro, o cantor esclareceu algumas polémicas, incluindo as críticas de que foi alvo depois de ter sido anunciado como cabeça de cartaz de um festival organizado pelo Chega.
“O convite não foi feito pelo partido, foi feito por um agente com quem eu trabalho e tenho trabalhado algumas vezes na região do Algarve”, começou por referir.
“Se nos recordarmos estávamos a vir de dois anos de paragem. Antes de tomar uma decisão eu até auscultei a opinião dos meus músicos. Praticamente foi unânime: ‘É um trabalho, vamos fazer. Se amanhã nos ligarem para a Festa do Avante, por exemplo, vamos também, como é lógico’”, explicou.
O cantor defendeu ainda a sua imparcialidade, referindo que não é a primeira vez que atua em eventos associados a partidos políticos.
“Acham que a pessoa fica colada [à ideologia do partido]. Eu posso dizer que ao longo da minha carreira, já levo quase 25 anos disto, eu já fiz algumas campanhas políticas para o PS, para o PSD. E ali estavam bandeiras, pessoas a gritar e eu apenas fui fazer o meu espetáculo, como se calhar dezenas e dezenas de colegas meus”, sublinhou.
“É o nosso ganha pão. Não posso dar a única coisa que eu tenho para vender, que é a minha música. Ainda por cima a minha música fala de coisas boas”, reforçou.
No entanto e depois de uma ampla divulgação, o evento que estava marcado para julho de 2022, na Batalha, acabou por não acontecer. “Eu não tinha contrato com eles, tinha contrato com esse agente. Eu não foi ressarcido em nada e a vida continua”, revelou o artista.