Esta terça-feira, 3 de janeiro, Rita Blanco marcou presença na apresentação à imprensa da nova novela da SIC e acabou por falar da sua personagem em ‘Flor Sem Tempo’.
“Normalmente tenho feito, ao longo da vida, mulheres lutadoras, de boa índole, quase heroínas… De repente deram-me a má da fita, a Renata na anterior novela, e agora parece que se estão a habituar. Esta personagem não é má, mas é torta. Não vai fazer maldade mas é tortinha, porque tem imensas dificuldades com os enteados, quer pô-los na alheta – e eles também já têm idade para estar fora de casa, mas enfim. Cada vez que vou recebendo textos fico ‘ah, olha a estupor’, mas não é má. Ela é ciumenta, que é uma coisa que também é uma chatice“, começou por dizer.
A atriz não se identifica com estes traços de Natália. No entanto, Rita Blanco confessou que já foi ciumenta. “Vamos aprendendo – não só com a idade mas com as experiências que temos – que o ciúme não é uma prova de amor, é uma prova de egoísmo e, às vezes, de uma fragilidade que nós temos. Acho que hoje em dia não sou nada e também era ciumenta em função de algumas situações. Não sei se estou curada, mas evito a todo o custo esse tipo de situações”, afirmou.
“TIVE IMENSA VERGONHA (…) APRENDI COM ISSO”
Além disso, a atriz contou um episódio: “Já foi há anos, era mais nova, mas lembro-me de uma vez, com o desespero, agarrar numa cadeira e atirá-la à cabeça de outra pessoa. Depois tive de correr, claro. Estávamos no meio de uma gravação. Mas eu não sou violenta, de maneira alguma. Não sou e sou absolutamente contra. Mas, às vezes, uma pessoa, numa crise de nervos e por parvoíce… Era muito nova e ele também era novo, enervámo-nos e eu fui parva. Mas não o magoei, como é óbvio. A cadeira é que ficou em mau estado, coitadinha, mas também era uma cadeira fraca.
“Depois apercebi-me, tive imensa vergonha e isso foi bom porque, não tendo feito mal a ninguém, foi bem feita para não ser parva e aprendi com isso”, terminou.