Rebeca e a irmã, Vanessa Henriques, estiveram esta quinta-feira, 13 de abril, no programa das tardes da SIC. Em conversa com Júlia Pinheiro, as duas irmãs falaram sobre a cumplicidade que as une e recordaram o duro momento em que a cantora lutou contra um cancro de mama agressivo.
“Esteve sempre lá. Foi ela que descobriu que eu tinha um dos piores cancros de mama. Ela é que abriu a carta […] [era um cancro] bastante agressivo com uma proliferação muito rápida, de 80 por cento”, começou por referir a artista.
“Foi dizer [a notícia] e tínhamos de agir já porque um dia podia ser…Por um dia, a minha irmã podia não estar aqui hoje”, confessou Vanessa, destacando que era muito difícil ver a irmã doente.
“Nós estamos de mãos e pés atados. Para quem está doente, o cérebro acaba por se habituar e aceitar. Há aquela fase toda de revolta: ‘E porquê a mim?’[…] Mas para nós é muito pior porque não sabemos o que fazer para aliviar e, às vezes, não fazíamos nada”, referiu.
“Às vezes, eu só estava sentada ao lado dela, sem dizer uma única palavra. Era só para ela saber que não estava sozinha. Eu estava ali…”, desabafou.
“Eu sou muito emocional, eu sinto muito o outro e estar ali ao lado dela, sem dizer uma palavra, eu acho que já era o apoio que ela precisava […] Às vezes não é preciso fazer nada, é só preciso estar ali e não ir embora. Ir embora não ajuda […] Durante muitos tratamentos, ela não estava em condições de falar sequer. Não faz mal, nós estamos ali ao pé”, contou, sublinhando que Rebeca contou com a presença de vários elementos da família durante as idas ao hospital.
“O meu tumor era muito agressivo. A doutora disse que 24 horas era muito tempo. Eu fui logo operada, passado cinco ou seis dias”, acrescentou ainda a cantora, enaltecendo o apoio da irmã e dos restantes familiares.