Ana Patrícia Carvalho teve a oportunidade de ter uma carreira internacional no mundo da moda, mas escolheu o jornalismo. O seu primeiro trabalho para a SIC foi como anotadora, no programa ‘Famílias Superstar’.
A pivot da SIC Notícias passou ainda pelo jornalismo desportivo. Ana Patrícia Carvalho aproveitava todas as oportunidades que iam aparecendo até que surgiu um convite inesperado: fazer um teste a ler o teleponto. O teste aconteceu numa quinta-feira, no domingo disseram-lhe que ia para o ar.
No podcast ‘Mala Médica’, da M80, a jornalista foi confrontada com uma questão e recordou o importante conselho profissional que Rodrigo Guedes de Carvalho lhe deu. “Se tivesses que escolher uma pessoa que te marcou no teu percurso na televisão, quem seria essa pessoa?”, perguntou a médica Sofia Baptista.
“É difícil porque muitas pessoas marcaram o meu percurso. Muitas pessoas, sobretudo na SIC, que foram modelando o meu percurso. É importante termos memória, não nos esquecermos das pessoas que nos ajudaram em determinada altura”, começou por dizer Ana Patrícia Carvalho.
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“Eu vestia-me, maquilhava-me e penteava-me de forma a parecer muito mais velha, para conseguir ter alguma credibilidade por parte do público. Nessa altura estava a ter terapia da fala e a minha voz estava quase em modo Bento Rodrigues, o que depois não se adequava à minha cara”, revelou.
“Comecei a apresentar, não tive formação, a minha formação foi no ar, aprendendo e errando, e lembro-me que o Rodrigo Guedes de Carvalho chamou-me e disse: ‘Olha Patrícia, televisão é verdade. Se tu fores verdadeira, as pessoas lá em casa vão perceber. Coloca mais do que tu és, não tentes parecer uma pessoa mais velha, não tentes engrossar a voz. Sê o que tu és. Faz as coisas como tu sentires. Se é algo que te choca, é algo que vai chocar lá em casa'”, relembrou.
E rematou: “O facto de me dizer que televisão é verdade fez com que eu conseguisse meter a Patrícia que eu sou quando estou a apresentar, que não tivesse que criar uma ‘personagem’. Eu pensei ‘ok, é o melhor conselho que posso ter. Acho que isso, de facto, acabou por me moldar.”