Eunice Muñoz morreu no passado dia 15 de abril, vítima de uma paragem cardiorrespiratória no Hospital de Santa Cruz, e deixou uma grande tristeza entre os portugueses, mas sobretudo na neta.
Lídia Muñoz, que declamou o poema ‘Eunice’, em homenagem à sua avó, na XXVI Gala dos Globos de Ouro, esteve à conversa com Júlia Pinheiro no programa ‘Júlia’, da SIC, e falou sobre a perda daquela que foi a referência maior do teatro português do século XX e XXI.
“Ela não foi contente. Eu acho que não. Isso foi uma das minhas revoltas porque acho que ela não se queria ir embora. Mas acho que uma mulher destas também nunca iria querer ir embora. Ela gostava muito de viver”, disse.
“Nos últimos meses ela foi muitas vezes parar ao hospital e eu estava sempre lá com ela e dizia-lhe: ‘Vá, agora tens de ficar boa, tens de voltar para casa, para o Amadeo [bisneto de Eunice Muñoz]. Ela fazia videochamadas para o Amadeu. E ela disse: ‘Deus queira. Deus queria’. Ela haveria de querer ir com muita dignidade, e foi”, acrescentou.