Paulo Fonseca e a sua família regressaram esta segunda-feira a Portugal. Ao lado da mulher, a ucraniana Katerina Fonseca, o treinador de futebol relatou as condições da viagem da Ucrânia até solo português numa conferência de imprensa. O técnico e a família fazem parte de grupo de 38 pessoas que chegou num voo de repatriamento.
“Custa-me deixar para trás aquele povo que está a lutar de forma heróica. Custa-me ver o que se está a passar em Kiev, o pânico que as pessoas estão a sentir… Sinto-me aliviado, mas ao mesmo tempo sinto uma tristeza muito grande“, contou Paulo Fonseca aos jornalistas, como cita o Jornal de Notícias.
Na Ucrânia continuam os familiares de Katerina. “Há uma guerra cruel no meu país e é completamente inaceitável. É tão difícil ver morrer mulheres e crianças, pessoas pacíficas da Ucrânia. O meu coração está completamente destroçado. Esta guerra louca tem de parar já“, disse à chegada de Lisboa.
Katerina Fonseca deixou um forte apelo. “Quanto estávamos no avião para vir para Portugal, houve cidades que foram bombardeadas pela aviação russa. É uma crueldade o que estão a fazer. A cidade está em sofrimento. Quem me estiver a ouvir: ajudem a Ucrânia de todas as formas possíveis“, pediu.
Apesar de reconhecer a ajuda da comunidade internacional, Paulo Fonseca sublinhou que é “manifestamente pouco e insuficiente para aquelas pessoas”. O treinador admite que pensa em regressar, mas que não consegue pensar em futebol nesta fase. “Não tenho pensado na minha carreira. Vou querer regressar, não nesta época, mas no início da próxima”, concluiu o treinador que neste momento está sem clube.