Numa entrevista concedida a Manuel Luís Goucha, esta segunda-feira, 21 de novembro, Maya ‘abriu o coração’ e deu a conhecer melhor o seu lado pessoal. Através de um testemunho emotivo, a taróloga recordou a perda do pai, no mesmo ano em que deu à luz o único filho, Vasco.
“Uma das últimas imagens que eu tenho do meu pai é exatamente dele a assinar o cheque para a Cruz Vermelha, para eu ter o Vasco. Depois, logo a seguir, é detetado um tumor ao meu pai no cólon. Já não havia nada a fazer”, começou por lembrar.
“Nós ainda pensámos ir com ele para Inglaterra, na altura ia-se muito a Inglaterra. O médico disse: ‘Não façam isso. Deem tudo o que conseguirem ao vosso pai. Ele morreu em casa, montámos-lhe um quarto com serviço de enfermagem 24 horas. Eu pude, na altura, dar grande assistência ao meu pai porque estava de baixa de licença de maternidade”, revelou.
“O Vasco não conheceu o avô, é um dos grandes desgostos que eu tenho. O meu pai era uma daquelas pessoas que toda a gente gostaria de ter conhecido, mas enfim, deixou-nos um legado”, lamentou.
Em seguida, Maya não conseguiu conter as lágrimas ao lembrar-se do progenitor. “Se o visse agora dizia-lhe tanta coisa… Contava-lhe tudo, as minhas histórias, a minha vida, a nossa vida, a vida da família, a dos netos. Enquanto ele foi vivo disse-lhe tudo, éramos muito próximos”, desabafou.
A taróloga afirmou ainda acreditar na presença constante dos pais na sua vida. “É curioso, eu acho que depois da perda do meu pai, foi quando a nossa vida deu mais saltos. Acho que o meu irmão teve coragem para arriscar mais em certas coisas e eu também. Acho mesmo que o meu pai e a minha mãe estão sempre a velar por nós”, explicou, referindo que todos os domingos visita a campa da mãe no cemitério.
“A alma não está lá, mas está lá a energia, é um sítio onde a energia é materializada no nosso inconsciente, é um sítio onde tu achas que estás em ligação com aquela pessoa. Tu para fazeres uma boa conversa tens de estar em ligação direta. As boas conversas são em privado, são momentos-chave, as boas conversas são na intimidade. Não quer dizer que alargadamente não se façam boas conversas, mas aquelas conversas que diferenciam, fazem-se na intimidade. E eu acredito que, quando vou ali, converso com a minha mãe”, completou.