O maestro Martim Sousa Tavares é um dos jurados da edição de 2022 do ‘Ídolos‘, que este sábado, 21 de maio, estreia a sua primeira gala em direto. Esta tarde, o elemento do júri foi o entrevistado de Daniel Oliveira no programa ‘Alta Definição‘, e entre vários assuntos abordados, desde a infância ou a relação com o pai, Miguel Sousa Tavares, Martim recordou uma das suas fases mais negativas.
“Tive um acidente muito aparatoso, três dias que não existem na minha memória porque estive nos cuidados intensivos, creio eu em coma induzido“, começou por relatar, depois de referir que tudo aconteceu quando se deslocava de moto.
“E isto porque uma senhora que ia a conduzir num carro, num cruzamento, ia a escrever uma mensagem, portanto não me viu a passar à frente dela. Eu tinha prioridade. Lembro-me da fração de segundo de pensar que ela não ia travar, que não ia parar. É como se o destino viesse ter comigo e dissesse ‘agora vais pagar a fatura, por teres decido andar de moto’. Durante algum tempo pensei que o meu percurso e a minha paixão pelas motos tinha de acabar ali“, referiu.
“Estive muito tempo a fazer fisioterapia, para recuperar a mobilidade, que consegui a cem por cento. Cheguei a receber uma indeminização por danos físicos e morais, e agarrei nesse dinheiro e fui comprar outra moto. Uma ainda maior que a anterior“.
“Sempre soube que isto podia acontecer, mas a moto é prática, e fiquei sempre a pensar que não queria ficar com este medo“, afirmou.
Sobre a fase de recuperação no hospital, Martim Sousa Tavares contou ainda: “Lembro-me do processo de voltar à consciência. Fui operado a uma perna, e houve um caso de negligência médica o que fez que tivesse tido uma embolia pulmonar, e foi aí que desliguei. Lembrava-me das coisas até ao hospital, e foi como um voltar das profundezas, e foi uma profunda gratidão por estar ali, sobretudo depois de ter pensado que estava paralítico. Eu tinha ficado muito zangado com tudo, mas depois, o sentimento foi de gratidão. Foi uma sorte muito grande“, disse ainda o maestro.