Katia Aveiro ‘abre o coração’ sobre o pai: “Errou muito, mas temos de perceber o porquê”

A irmã de Cristiano Ronaldo lembrou as marcas deixadas pela Guerra do Ultramar.

(Reprodução Instagram, DR)
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No podcast Oh Filhos, calem-se!, da revista Nova Gente, Katia Aveiro abriu o coração sobre a família. Desta forma, a irmã de Cristiano Ronaldo acabou por recordar o pai, Dinis Aveiro, que morreu quase há 19 anos.

O meu pai era um ex-combatente da Guerra do Ultramar, esteve dois anos na guerra, viu amigos a morrer, foi de uma maneira e voltou de outra. Mas quem teve oportunidade de o conhecer conheceu um homem bom, ele tinha um defeito para com a minha… não gosto de falar muito nisso, mas é público”, começou por contar, referindo-se aos maus tratos contra Dolores Aveiro.

Apesar de alguns aspectos menos positivos, segundo Katia, Dinis Aveiro “era um pai orgulhoso dos filhos, dos quatro”. “Era um homem dado, ele tirava dele para dar aos outros, essa bondade eu trouxe dele”, notou.

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A empresária lembrou ainda as marcas deixadas pela Guerra do Ultramar no seu pai. “É difícil falar do meu pai como se ele já tivesse ido, porque ele está tão presente na nossa vida, inclusive nestas situações, quando falamos dele (… )Nós perdoámos algumas coisas porque vir da guerra, chegar a Portugal e não ter um psicólogo ou um terapeuta… Eu estou a falar do meu pai e de outros. Aquele homem ter-se tornado alcoólico não foi da noite para o dia, foi da guerra”, sublinhou.

O meu pai errou muito, mas temos de perceber o porquê. Para encontrar um perdão, temo de ver o que aconteceu. Hoje temos essa sabedoria, na altura não tínhamos. A minha mãe não tinha essa instrução, o meu pai também não tinha e há 50 anos, as pessoas na Madeira nem sabiam o que era um psicólogo (…) Apesar dele se ter tornado num homem alcoólico – acho que teve a ver com a dor e os traumas – ele era bondoso”, completou.