O novo livro de Judite Sousa, em breve nas livrarias, continua a dar que falar. A jornalista prepara-se para apresentar aquela que é a sua 11.ª obra, sendo esta uma das mais especiais, já que toca em assuntos que lhe são importantes, e sobretudo por trazer ainda revelações “da sua história“, e que considera “inéditas“.
Em entrevista recente à revista Lux, Judite Sousa voltou a dar mais detalhes sobre o novo livro, que surge depois de “um ano muito difícil” que a obrigou a “repensar muita coisa de natureza existencial“.
“É um livro constituído por 26 crónicas. Umas são marcadamente biográficas, outras sobre questões da sociedade contemporânea. Faço uma reflexão sobre a ‘ditadura da felicidade’, as doenças profissionais do século XXI, o bullying, o burnout, e o luto (…) Não se ultrapassa um luto crónico. Avança-se com ele, e é assim que se vive“, afirmou a atriz à referida publicação.
O livro, segundo a jornalista, serviu como escape às “várias desilusões” sofridas nos últimos tempos, onde se conta a sua saída do meio jornalístico, voltando a honrar a memória do filho, André Sousa Bessa, falecido em 2014.
Judite Sousa termina carreira jornalística: “Estou finalmente a olhar para mim”
“Nos últimos meses, pensei muito naquilo que o meu filho quereria que eu fizesse se estivesse vivo. Conhecendo o meu filho, na sua grandeza, ele quereria que eu tentasse ser feliz e que honrasse a minha dignidade. Foi assim que ele sempre me viu“, desabafou Judite Sousa.
Ao longo da entrevista, a jornalista voltou também a mencionar o seu episódio com a humorista Joana Marques, depois do que referiu ter sido um “confronto” com a realidade de imagens que até então não tinha tido conhecimento.
“Tenho o maior respeito pelos programas de humor. Tenho o maior respeito pelas liberdades. (…) fui confrontada [na entrevista concedida da Manuel Luís Goucha] com o testemunho de seis amigos do meu filho. Colapsei psicologicamente. Foi à luz destas brincadeiras que me insurgi contra a brincadeira“.
Silenciosa em relação ao seu futuro profissional, a comunicadora apenas referiu: “Sinto-me uma privilegiada por estar viva. Vivo com os meus recursos, mas perdi o meu bem maior. Tudo é muito relativo“, pode ler-se.
Zulmira Ferreira recorda momentos com o filho: “Meu anjo”