No início da semana, José Malhoa esteve no programa ‘Casa Feliz‘, da SIC, para apresentar o videoclipe do seu novo tema, ‘Ela Queria 3’, que, em algumas partes, é filmado em frente a uma Igreja, com diversas imagens do local. Trata-se da Igreja Matriz de Cortegaça, em Ovar.
Mais tarde, a respetiva paróquia lançou um comunicado, a partir da sua conta na rede social Facebook, a acusar o cantor português de se ter servido do respetivo local para as suas gravações, sem ter obtido, em primeiro, uma autorização da paróquia para a captação de imagens.
No texto partilhado, a paróquia de Cortegaça expressou a sua “indignação” pela “espalhafatosa” forma como as suas instalações foram utilizadas para a produção de um videoclipe.
Segundo a Igreja de Ovar, José Malhoa desrespeitou a comunidade paroquial da localidade, através do que consideram como “uma profanação do espaço interior da nossa Igreja, ao utilizar um lugar Sagrado, para um uso satírico e imoral, ao serviço de um objetivo e propósito de âmbito pessoal, desrespeitando toda uma comunidade que tem na Igreja de Cortegaça a sua referência e identidade“, pode ler-se.
No final, a Igreja Matriz de Cortegaça assume poder vir a avançar com um processo contra o cantor. Segundo ainda o Jornal de Notícias, o padre local considerou a situação como “vergonhosa e uma ofensa à igreja, ao padre e aos paroquianos“.
De acordo com Manuel Dias Silva, a equipa de José Malhoa terá pedido a um funcionário para “abrir as portas da igreja“, para depois “se aproveitarem da boa-fé para gravarem e filmarem“.
Já esta quinta-feira, e também pelas redes sociais, José Malhoa publicou um comunicado para esclarecer que “não há nenhum tipo de ofensa” e que com o vídeo fez “uma enorme publicidade gratuita à Igreja e à localidade“.
“Na verdade, as imagens que foram realizadas no interior da Igreja Paroquial de Santa Marinha de Cortegaça foi proposta pelo Secretário Adjunto da Junta de Freguesia de São Vicente, que veio dizer que não havia qualquer obstáculo legal para que a mesma fosse feita. Posto isto, as gravações cinematograficas realizadas dentro do átrio da igreja foram feitas à vista de todos e sem nenhuma objeção por qualquer responsável da mesma“, é dito no comunicado do cantor.
Ainda assim, o jornal Observador, citando o Jornal de Notícias, refere que o presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, contou uma versão diferente, ao referir que a autarquia só deu autorização para que as filmagens fossem realizadas no adro da Igreja.