Há dois anos, João Pedro Pais foi acusado de violência doméstica pela ex-namorada, Yulia Popova, com quem tinha uma relação há mais de 10 anos. Agora, o processo foi arquivado e o músico reagiu ao ver o pesadelo chegar ao fim.
Num comunicado enviado às redações, citado pelo Notícias ao Minuto, pode-se ler que “o Ministério Público, no passado dia 23 de setembro, arquivou o processo instaurado a João Pedro Pais, na sequência de uma queixa-crime apresentada por Yulia Popova, a 13 de setembro de 2020, e no qual, esta também acabou por vir a ser constituída arguida, pelo crime de denúncia caluniosa”.
O Ministério Público, a Polícia Judiciária e a PSP terão feito uma investigação e “não encontraram uma única evidência da prática do crime”. “Assim, constatando-se não conterem os autos indícios suficientes da prática do referido crime de violência doméstica, determina-se o arquivamento do inquérito, ao abrigo do disposto no artigo 277.º, n. º2 de CPP”, lê-se ainda no despacho de arquivamento, citado na mesma nota.
João Pedro Pais sublinha que “no despacho de arquivamento fica claro que não só não se recolheram provas que suportassem a denúncia de Yulia Popova, como o Ministério Público destaca ainda os depoimentos das testemunhas por ela arroladas, em que se demarcaram em absoluto da sua versão.”
JOÃO PEDRO PAIS LAMENTA MORTE DE RAYAN: “SENTIMOS ESTA PERDA COMO SE ELE TAMBÉM FOSSE NOSSO”
Crimes de difamação contra a atual namorada do cantor
Depois de ter sido noticiado que “este processo teve um fim através de um acordo extrajudicial”, foi esclarecido que “os processos de violência doméstica, por se configurar um crime de natureza pública, não é possível existirem acordos ou desistências de queixa.”
Yulia Popova foi acusada pelo Ministério Público, “da prática de pelo menos 20 crimes de difamação contra a atual namorada de João Pedro Pais” e “mal soube do arquivamento” pediu que a queixa contra ela fosse retirada. A companheira do artista “farta de ter alguém do passado sempre a tentar intrometer-se na vida do casal, anuiu ao pedido de Yulia Popova e, até com alguma pena desta, aceitou desistir da queixa por difamação“. No entanto, com uma condição: “Só desistia da queixa, se esta fizesse um donativo à APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.”
“Yulia Popova fez, de imediato, um donativo generoso à APAV e a atual namorada de João Pedro Pais, desistiu da queixa e do pedido cível que a acompanhava, no valor de cinco mil euros. Ficando assim um sentimento de que, apesar de tardia, se fez justiça“, lê-se.
“Durante estes dois anos foram ainda movidos outros processos, nomeadamente um de cobrança coerciva de dívida que João Pedro Pais intentou contra Yulia Popova, no qual esta foi obrigada a pagar a quantia de 30 mil euros que aquele lhe havia emprestado e que, no âmbito do processo-crime por violência doméstica, Yulia Popova tentou convencer o Ministério Público de que lhe havia sido doada, tendo devolvido, integralmente, aquele montante sem sequer contestar a referida ação judicial.”
“Propósito único de tentar denegrir a sua imagem pública“
Recorde-se que o cantor sempre disse estar inocente. Vendo-se livre das acusações, João Pedro Pais não deixou de “lamentar profundamente que o seu nome tenha sido associado a este tema, com o propósito único de tentar denegrir a sua imagem pública“, afirmando estar “muito feliz com a conclusão do processo“.
“A violência doméstica é um problema social muito sério que não podemos, de modo algum, banalizar, nem instrumentalizar como método gratuito de ataque, sob pena de minar toda a evolução social que se tem feito no sentido da consciencialização pública e política do tema. Infelizmente, nos dias que correm, muitos são os casos de falsas vítimas que, movidas por sentimentos de ódio e vingança, utilizam as instituições, sobrecarregam os seus meios humanos, já por si escassos, e apresentam queixas falsas, apenas e só, para atingir os seus ex-companheiros/as“, destacou.
Caso tenha conhecimento de uma situação de violência doméstica pode procurar ajuda junto dos seguintes contactos:
APAV – 116 006
SOS Criança – 116 111
SOS Mulher – 808 200 175
SOS Voz Amiga – 800 209 899
SOS Voz Adolescente – 800 202 484
UMAR – Centro de Cultura e Intervenção Feminista – 218 873 005
