Esta terça-feira, 28 de fevereiro, Gisela Serrano esteve à conversa com Júlia Pinheiro, no programa ‘Júlia’, da SIC, onde falou sobre as duras perdas ao longo da sua vida, nomeadamente a de um namorado.
João faleceu num acidente de viação, quatro meses após a morte traumática da avó da empresária. “Eu falei com ele, eram 8h e pouco da manhã, e depois traumatizou-me um bocadinho porque senti-me muito culpada. Senti-me culpada por ele ter falecido. Muito culpada. Eu tive apoio psicológico”, afirmou.
Nesse dia, a empresária estava com a mãe em casa a ver as marchas e estava a chover. “Eu disse: ‘Eu não vou’. E ele queria que eu fosse ao encontro dele e eu não queria ir. Quando ele saiu da discoteca, telefonou-me. E eu tenho as mensagens todas”, recordou.
“‘Então quando eu sair daqui vou dormir a tua casa'”, disse-lhe João. Mas Gisela preferiu ficar em casa com a mãe e pediu que não viesse ao seu encontro. “Ele foi para casa, ou seja, se eu tivesse dito que sim, ele não teria feito aquele percurso. Ele tinha vindo para Lisboa e, como ele faleceu no caminho para Sesimbra, a culpa é essa. Porque é que eu não fui? Ele estava a dar-me sinais, 30 e tal mensagens numa noite, era para eu ir, ele estava a precisar de mim, eu tinha de ter ido, porque, se ele estivesse com sono, eu trazia o carro. Eu fui uma irresponsável, não reparei nos sinais e as pessoas dão-nos sinais”, disse.
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“Fiquei muito mal psicologicamente. Arrasou comigo essa morte”, disse a empresária, que acredita que era o “homem da sua vida”. “Havia uma cumplicidade. Havia uma união. Nunca houve uma discussão, nem um levantar de voz… Ele era uma joia! Eu acredito na vida após a morte, por isso é que eu tenho força em lidar com estas perdas”, explicou.
Recorde-se que a mãe de Gisela Serrano, Dilar, morreu em 2020, vítima de cancro do pâncreas. “Já chorei de revolta e de raiva”, disse a empresária.