Fátima Padinha foi uma das entrevistadas do programa das tardes da SIC esta quarta-feira, 14 de setembro. Numa conversa intimista com Júlia Pinheiro, a ex-Doce deu a conhecer o seu lado mais pessoal e recordou o casamento de 18 anos com Pedro Passos Coelho, do qual nasceram duas filhas.
O ex-casal conheceu-se um mês depois da artista ter saído das Doce e a paixão foi imediata. “Eu fiquei apaixonada, foi tiro e queda […] Eu adorava ouvi-lo falar”, começou por contar.
“Eu fiquei agarrada com unhas e dentes, ele dava-me a segurança que eu precisava na altura, dava-me estabilidade”, continuou.
“E era para toda a vida?”,questionou Júlia Pinheiro, em seguida. “Eu julgava que sim, mas não foi”, respondeu Fátima Padinha. “Ao fim de uns anos, os objetivos das pessoas modificam-se, foi o nosso caso. O objetivo dele era um, o meu modificou-se. Mas separamo-nos com muita amizade. Não foi uma coisa conflituosa, não houve discussões, aceitámos a decisão de uma forma cordial e hoje em dia somos amigos”, confidenciou.
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A artista confessou ainda que gostava de acompanhar Pedro Passos Coelho nos congressos políticos.“Na maior parte das vezes não podia ir, mas quando dava, as crianças ficavam com os meus pais e eu ia com ele. Gostava dessa vida, embora nunca tivesse conseguido aliar-me a nenhum partido”, recordou.
Entretanto, os anos que se seguiram ao divórcio não foram fáceis para Fátima Padinha. “Só quem tem filhos a cargo sozinha é que sabe a divisão que é para uma mãe ter de ir trabalhar, ter de deixar os filhos bem ou mal. No início, arranjava ATL’s para elas estarem ocupadas até eu chegar, depois veio a adolescência, tiveram os seus momentos de rebeldia também, que eu tentei controlar na medida do possível. Até psoríase me apareceu dos nervos de querer controlar os namorados, os estudos, educá-las”, recordou.
Por outro lado, a carreira política de Pedro Passos Coelho encontrava-se em ascensão e ocupava cada vez mais grande parte do seu tempo. “Não era um pai ausente, mas era um pai ocupado. Elas iam fim de semana, passavam as férias [com o pai], mas o dia-a-dia era em minha casa. Foram anos bastante desgastantes. Aliás, eu depois tive uma depressão muito grande em 2005, mas já passou”, rematou Fátima Padinha.