Desde tenra idade que Cândido Costa está no mundo do futebol. As primeiras corridas e os primeiros golos oficias aconteceram ao serviço da AD Sanjoanense, onde se destacou, e anos mais tarde lhe abriu as portas para ingressar, aos 15 anos, num dos grandes clubes da modalidade: o Sport Lisboa e Benfica.
Em conversa com Daniel Oliveira, nesta tarde de sábado, 13 de janeiro, no Alta Definição, o comunicador desabafou sobre o período em que pertenceu aos escalões de formação do clube da capital portuguesa, em que se viu fazer uma transição gigantesca na sua vida, a mais de 300 quilómetros de distância de casa.
“Foram tempos um bocadinho terríveis para mim“, começou por deixar bem claro. “Foi altamente motivador, porque ia representar um grande clube. (…) Mas achei sempre que estava num grande filme até a vida me bater. Eu era o maior em São João da Madeira e passei a ser o burro e o cromo em Lisboa“.
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Em comunhão com os colegas da altura, viu-se ser alvo de chacota durante vários anos. “As botas fora das calças em São João da Madeira era sinal de rebeldia, aqui era de bimbo; o meu sotaque era gozado; eu tinha muitas borbulhas na cara e eu passei de ser um dos grandes para ser um cromo. Foi muito difícil. Muitas noites aqui a chorar sozinho em Lisboa. Foi duro para mim“.
Apesar disso, foram as cartas do pai, com quem Cândido Costa tem uma enorme ligação, que o ajudaram a não desistir do seu sonho como atleta profissional. Além disso, segundo aquela que é a sua opinião, tinha talento no pé, o que o permitiu afirmar-se dentro da equipa do Sport Lisboa e Benfica. “Eu era bom, também não há que ter problemas em dizê-lo“, admitiu.
Bullying em Lisboa
Sobre a questão do bullying, e incentivado por Daniel Oliveira a responder, Cândido Costa confidenciou que fora do campo foi “muito gozado, Daniel. Atenção! Era muito gozado“. Aprendeu a lidar com a situação refugiando-se numa caraterística muito própria sua: o atrevimento.
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“Vinha o cachaço, o ‘crominho da bola’, ‘o craque do Benfica’, o ‘bimbalhão’. Ouvi muito isto e não tinha os meus amigos, já não era assim tão ‘macho’, não é? Depois vinha para o lar e tal e chorava à noite e lia as cartas do meu pai“, que foi o grande apoio incondicional do então jogador para que não desistisse deste seu sonho de se tornar atleta profissional.
“Depois, eu não era fácil também. Eu era ‘atrevidola’, eu era bravo. ‘Vais ter de dar o cachaço outra vez no dia seguinte’, eu não era muito de me encolher. Às tantas já era ‘Então? Não me vens dar a cachaçada hoje?’“, explicou o atual comentador sobre a forma como aprendeu a lidar com os chamados bullies.
“Na escola eu juntava-me a eles. Eu chegava lá de manhã, os gajos que me fizeram bullying no dia anterior, e entrava no grupo ‘Bom dia rapaziada’, com o sotaque outra vez à Porto. ‘Este gajo é engraçado’: eu vencia-os por ‘vocês vão ter de levar comigo. ‘Só há uma forma de isto funcionar, vocês vão ter que levar comigo’. E às tantas já eram eles que me chamavam ‘Grande Cândido, anda aqui para ao pé de nós’“, contou.
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