Diogo Infante foi o convidado do podcast … 40 minutos, da rádio Observador. Numa conversa que se estendeu sobre a sua carreira como ator e encenador, a importância de cativar o público mais jovem para a cultura e o “não” para a Netflix. Na entrevista, Diogo Infante falou como lidou com o luto da mãe.
Meses depois da morte de Maria Infante de Lacerda, , em 2010, Diogo Infante viu-se no seu maior desafio, a paternidade. O ator descreve o período da perda da mãe, sublinhando a sensação de vazio e dor. “Eu não quero perder muito tempo com a dor, com aquilo que é negativo porque me deixa numa zona que eu não gosto”, começa por dizer o ator que afirmou ver a vida com o ‘copo meio cheio’.
“O melhor que me podia ter acontecido foi o meu filho ter chegado meses depois da minha mãe ter partido. Eu quando ainda estava a perceber como é que ia lidar com esse luto, de repente algo mais importante se levantou, que foi educar uma criança”, explicou o ator, que educou Felipe ao lado do marido, Rui Calapez.
“O meu dia passou a ser pensado em função dessa criança que vem frágil, carente. Imagine-se um ser de seis ou sete anos que vai para um admirável de mundo novo de pessoas não conhece. (…) Ele salvou-me. Se calhar, eu protelei o meu luto. Mas acho que o transformei“, comentou sobre a sua necessidade de também criar uma estrutura familiar segura.
“Dei comigo a dizer coisas ao meu filho e ela [a minha mãe] falava através de mim. Pensava ‘bolas, isto era o que ela me dizia’“, confessa. Hoje, Felipe, tem quase 20 anos