No Hell’s Kitchen Famosos deste domingo, 5 de novembro, Ljubomir Stanisic ditou que deveria ser Melânia Gomes a abandonar a competição. À conversa com o site do Fama Show, a atriz fez um “balanço muito positivo” da participação, revelou que teve de usar fraldas durante as gravações do formato da SIC e ainda deixou rasgados elogios à colega Noémia Costa.
O convite para fazer parte do programa chegou-lhe de forma inesperada e pensou mesmo que tudo não passava de um “engano”, mas não era. “Achei que estava tudo maluco. Gosto de cozinhar, mas é para comer. Mas depois percebi que a ideia era mesmo fazer uma mistura de pessoas que cozinhavam bem e de outras que não sabiam”, começou por contar.
Apesar de ter sido um desafio que a marcou, a atriz nunca pensou que pudesse ser tão cansativo. “Foi divertido, mas muito cansativo. Só quem faz é que percebe. Não imaginava que fosse possível viver tantas emoções numa cozinha. São muitas horas a filmar, começávamos às 07h00 e só terminávamos às 21h00″, revelou o rosto da SIC.
Melânia confessou que houve alturas das filmagens em que só descansou durante 15 minutos, de maneira a conseguir preparar-se para as exigentes provas. “Era sem parar. Eram raros os cozinheiros, portanto quem queria perceber minimamente daquilo tinha que perder algum tempo”, disse. E foram todas essas horas intensas de gravações que levaram a atriz a fazer um pedido especial à produção.
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Melânia confessa que chegou a usar fraldas durante as gravações
Sem tempo a perder, Melânia focou-se no seu objetivo: absorver todos os conhecimentos que os chefs Ljubomir Stanisic, Manuel Maldonado e Rafael Pombeiro tinham para ensinar. Contudo, todos os minutos eram poucos, até para ir à casa de banho.
“Eu nem conseguia ir à casa de banho, andei de fraldas. Pedi à produção: ‘por favor, arranjem-me fraldas’. Pedi, por amor de Deus, para me arranjarem fraldas”, confessou Melânia Gomes, reforçando a necessidade de ter aquela segurança.
Ainda que fosse apenas para se sentir mais segura, dada a escassez do tempo, a também apresentadora revelou que acabou por não usar as mesmas: “eu depois não conseguia, era só uma segurança que estava ali.”
Os elogios a Ljubomir: “É uma pessoa muito exigente”
Questionada sobre o temperamento explosivo do chef bósnio, a ex-participante de Hell’s Kitchen é peremptória: “ele é uma pessoa muito exigente, trabalhar numa cozinha não é para qualquer pessoa. Se essa exigência não é correspondente, ele passa-se.”
Ainda que já tenhamos visto Ljubomir reagir de forma mais efusiva noutras edições do formato da SIC, desta vez, com um grupo de famosos, o chef adotou outra postura. “O grau de exigência que ele tinha connosco era adequado àquilo que nós fazemos. Acho que ele está bastante mais calmo do que aquilo que sei que ele normalmente é”, frisou Melânia Gomes.
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A emoção na hora do adeus
“No dia em que saí, estava muito cansada. Estava sem folga há muito tempo. Estava de rastos, foi o cansaço que me tirou as forças”, revelou Melânia Gomes, apontando as razões que ditaram a sua expulsão do programa que passou em antena neste domingo.
Mas não foi só a sua expulsão que foi difícil, é que nos últimos episódios podemos perceber que as despedidas são sempre complicadas para a apresentadora. Tudo por já conhecer muitos dos colegas há alguns anos e ter sido o Hell’s Kitchen a possibilitar reencontros.
“O convite [para o programa] veio mudar um bocadinho isto de as pessoas estarem mais umas com as outras. A partir do momento em que tens filhos, todo o teu tempo é dos teus filhos”, contou, acrescentando que, na altura das filmagens, também estava com outros trabalhos em paralelo.
Ainda assim, acredita que é perfeitamente normal as emoções estarem mais “à flor da pele” num programa deste género. “As emoções estão mais inflamadas. Todas as pessoas estavam a dar o seu melhor, mas depois nenhuma delas é cozinheira”, salientou.
“Emociona-me sempre ver as pessoas darem o melhor de si e depois serem expulsas. Achei a expulsão da Noémia muito injusta”, acrescentou ainda, referindo-se à colega de profissão como um dos bons reencontros que teve no programa da SIC.
“Estreei-me há 20 anos com a Noémia no Parque Mayer e quando nos cruzámos no ‘Hells Kitchen’, achei muito engraçado. Meses depois voltámos a trabalhar n’A Casa da Aurora’. A Noémia é uma inspiração para mim enquanto atriz e mulher, é uma lutadora”, completou.
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As raízes, a comida da avó e os pratos que não esquece
Ainda à conversa com o nosso site, Melânia confessou que, quando terminou o programa, estava muito “entusiasmada” em poder fazer novos pratos para os familiares e amigos. “Agora já voltei ao meu ‘take away’, que é a minha avozinha. Não dá, é preciso tempo para cozinhar com gosto”, frisou.
“Sou super solidária por todas as pessoas que têm, no final de um dia de trabalho, de cozinhar. Eu sou abençoada, trabalho 12h seguidas, chego a casa e tenho a comida feita”, confidenciou a atriz e apresentadora, deixando vários elogios à avó.
Se tivesse de escolher apenas um prato da sua avó, Melânia não deixa espaço para dúvidas: “É o arroz de pato”. Ainda assim, não esquece as raízes e há um prato de Viana do Castelo que não lhe sai da memória. “Gosto muito de arroz de cabidela, que é tradicional da minha terra”, rematou.