Madalena Lourenço é um dos novos rostos da SIC Notícias. Prestes a completar 25 anos, tem experiência em rádio, já passou pela CNN Portugal e, agora, podemos vê-la nas manhãs de fim de semana da SIC Notícias ao lado do jornalista Cláudio França. Em conversa com o site do Fama Show, a jornalista deu a conhecer o seu lado pessoal e falou da enorme paixão que tem pela sua profissão.
Como o jornalismo surgiu na sua vida e a paixão pela televisão e a rádio
O sonho de infância era enveredar pela medicina veterinária, mas o destino trocou-lhe as voltas e o gosto pela escrita fez nascer a sua paixão pelo jornalismo.
“Eu diria que ali por volta o 7.º ano descobri esta paixão, não só pelo jornalismo, mas pela comunicação social em geral. Tinha aquele sonho de infância de ser veterinária, depois conheci física e química e percebi: ‘Isto não vai dar pela parte científica’. Descobri que gostava muito de escrever e, portanto, inicialmente o meu objetivo era mais a imprensa escrita, os jornais. Mas depois com o tempo a passar fui descobrindo várias vertentes do jornalismo. Era uma coisa que tinha muito gosto. Desde então, nunca mais perdi a intenção de ser jornalista”, começa por referir.
Atualmente, o jornalismo televisivo é onde Madalena se sente à vontade, mas tem também um grande carinho pela rádio. Antes de dar cartas na televisão, a jornalista trabalhou numa rádio local de Torres Vedras, onde teve o seu “primeiro emprego de sonho”. “É mesmo verdade aquilo que falam da rádio, o ‘bichinho’ da rádio existe”, refere.
“Foi uma experiência muito gira e recomendo sempre a rádio. Quando comecei em televisão, achei que não ia gostar tanto de televisão como gostei de rádio. Hoje em dia, posso dizer que gosto mais de televisão porque é diferente. Mas a rádio é um meio completamente apaixonante”, destaca.
A forma como foi recebida na SIC e a relação com Cláudio França
Recém-chegada à redação da SIC Notícias, Madalena Lourenço não podia sentir-se mais integrada e assume estar muito feliz.
“Fui muito bem recebida por toda a gente, toda a gente procurou dar-me as boas-vindas, procurou saber o que eu estava a achar. Todos os dias me perguntavam: ‘Já te arrependeste?’. Ainda não me arrependi e acho que não vou arrepender. Estou muito satisfeita com a decisão que tomei e agradeço muito à direção de informação por ter visto em mim algo mais e por me ter contactado, estou a gostar muito”, afirma.
“É mesmo uma família, é uma redação muito unida, temos pessoas dos 20 aos 60 anos e vê-se mesmo que as pessoas têm uma grande ligação umas com as outras. Tanto os mais velhos querem aprender connosco mais novos, como nós, mais novos, aprendemos obviamente muito com os mais velhos e é assim que se vai fazendo”, explica.
A jornalista também não poupa elogios ao colega, Cláudio França, com quem partilha ao fim de semana o ecrã da SIC Notícias. “Tem sido muito bom estar ao lado do Cláudio, já nos conhecíamos da rua enquanto repórteres”, começa por destacar.
“O Cláudio é uma máquina, ele está mesmo no habitat natural em estúdio. Ele ali não é só pivô, está a ser várias coisas, está muito envolvido em tudo o que acontece durante o jornal. Para mim que sou também uma novata nesta casa, é muito importante ter uma pessoa como o Cláudio neste início, uma pessoa que tenha atenção a todo o alinhamento e que está mesmo envolvida no noticiário. Tem sido muito bom, ele é impecável, é muito bom profissional e somos os dois os Oeste, então dá um orgulho especial”, completa.
A adrenalina do direto
Além de pivô, Madalena Lourenço desempenha também o papel de repórter. Duas vertentes que considera “muitos desafiantes”. “Eu diria que ser repórter é um trabalho mais completo no sentido em que para se ser bom pivô, tem de se saber ser repórter. Não só para sabermos as dificuldades que os nossos colegas sentem no terreno e conseguirmos ter também um bocadinho mais de empatia com a pessoa que está provavelmente há muitas horas na rua, ao frio, em situações desconfortáveis e perigosas, inclusivamente”, assume.
Por outro lado, existe ainda a adrenalina do direto em ambas as vertentes. Algo que a jornalista encara como positivo. “Eu não sou uma pessoa muito nervosa, nem muito ansiosa”, confessa. [A adrenalina] é o combustível que me faz andar para a frente. Enquanto para outras pessoas, muitas vezes, essa adrenalina é um motivo de engasgo de ficar nervoso, de pensar demasiado nas coisas. É uma sensação maravilhosa. Eu costumo dizer muito isto: ‘ O jornalismo é uma profissão muito desafiante porque todos os dias são diferentes, todos os trabalhos que fazemos são diferentes’. Não há rotina na nossa profissão e nesse sentido é muito viciante”, completa.
Os momentos mais caricatos e também os mais marcantes em antena
Com uma experiência televisiva de dois anos, Madalena Lourenço já conta com alguns momentos caricatos, como por exemplo ter ficado sem teleponto durante o noticiário.
“Isso aconteceu-me na primeira vez em que entrei em estúdio e apareci em direto enquanto pivô. Ficou logo sem teleponto e é uma situação difícil de gerir, já estamos um bocadinho tensos com a situação… Mas tudo se gere e aí temos de saber dar a volta à situação e não podemos mostrar fraqueza, muito menos em direto”, afirma.
Já como momentos mais marcantes em antena, a jornalista destaca o anúncio da morte de Eunice Muñoz, em abril, do ano passado. “Foi a meio da madrugada que se soube, já era muito tarde e era uma pessoa muito especial para o país, não só para a cultura. Marcou-me no sentido em que tive de avançar com a notícia mais cedo do que toda a gente, porque estava em direto”, conta
Madalena recorda também a primeira semana de guerra na Ucrânia e agora o atual conflito Hamas – Israel.
A Madalena para lá do jornalismo
Para lá do jornalismo e da televisão, Madalena Lourenço assume-se como uma pessoa que gosta de passar “tempo de qualidade” com amigos e familiares. Tem uma relação especial com o mar e admite ter também um lado mais controlador e ser “extremamente organizada”.
“Pelo que os meus amigos também me vão dizendo e aqueles que já me conhecem há alguns anos, sou um bocadinho ‘control freak’. Ou seja, não só no trabalho e também minha vida pessoal, gosto de saber muito bem aquilo que me rodeia e de controlar muito bem o ambiente. Sinto-me mais segura, tendo controlo nas situações”, refere.
“Considero-me uma pessoa simpática, generosa e amiga. Sou muito franca com as pessoas, não sou simplesmente de dar palmadinhas nas costas. Normalmente, aquilo que eu dou ao outro é também aquilo que eu espero”, completa.