Cauã Reymond foi um dos entrevistados do programa Júlia desta terça-feira, 19 de abril. Numa conversa intimista, o galã brasileiro deu a conhecer o seu lado mais pessoal e lembrou a infância marcada pelas dificuldades financeiras e pela doença da tia.
“Na adolescência eu fui muito feliz, mas tive uma infância mais delicada. Eu perdi a minha tia. A minha tinha era esquizofrénica […] De um dia para o outro, ela faleceu num hospício e foi um golpe muito duro para a família. Ela tinha tido uma ataque de esquizofrenia, partiu o braço de dois enfermeiros e, no dia seguinte , apareceu morta”, começou por recordar.
“Eu tive uma infância marcada por ataques de esquizofrenia. Várias vezes, a gente dormiu no corredor do prédio e ela partia os móveis. A minha avó era muito corajosa […] ela era a pessoa que conseguia controlar a minha tia. A minha tia virava o Hulk”, contou. “Na época, dava-me medo, mas hoje em dia eu agradeço muito a história que eu tenho”, acrescentou ainda.
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Apesar de todas contrariedades, Cauã assume ser um homem orgulhoso do seu percurso de vida. “É muito interessante quando tu abraças a tua trajetória porque isso ajuda-me muito trabalho. Eu faço psicanálise e ajuda-me muito a construir os meus personagens. Então sou muito grato”, reforçou.
“Eu não tive necessariamente uma infância comum… Faltou muito dinheiro, mas eu sou muito grato também à família do meu pai. Os meus avós paternos foram muito importantes na minha criação, pagaram-me boas escolas, pagaram-me o curso de inglês . Por mais que eu não morasse com eles, muitas vezes quando estávamos sem dinheiro, sem comida, eles pagavam e faziam compras para a nossa casa. Eles foram pessoas incríveis”, rematou.