Bárbara Guimarães assumiu recentemente um grande desafio. Presente nos ecrãs da SIC e da SIC Mulher, com o programa ‘Irresistível‘, a comunicadora lançou-se na escrita de um livro.
‘Tempestade Perfeita – Como Sobrevivi à Tormenta‘ é um livro que descreve a luta que a apresentadora travou contra um cancro da mama “particularmente agressivo“, ao mesmo tempo que, noutra frente, “se debatia com um turbilhão de processos em tribunal altamente desgastante“, que o país “acompanhou em peso“.
Na obra, Bárbara Guimarães passa ao de leve sobre o tema da sua mediática separação com o ex-marido, Manuel Maria Carrilho, mas não deixa de dizer, a viva voz, muito daquilo por que passou neste difícil período.
“É a primeira vez que, nestas páginas, está a minha voz“, disse a comunicadora, no evento de apresentação da obra.
E são várias as declarações dadas pelo rosto da SIC, nas quase 180 páginas do livro. Algumas verdadeiramente fortes, e que mostram a dura luta (ou lutas) travada(s) pela comunicadora.
“Na pior fase, durante o julgamento, todos os dias havia notícias sobre mim. A imprensa escrevia o que queria de uma maneira tão leviana que, às tantas, já não se tratava de notícias, mas de um verdadeiro ataque pessoal“, lamenta Bárbara, no início do livro.
“(…) As capas gritavam: ‘Bárbara, álcool e drogas’, ‘Abandona os filhos em casa’, ‘Má mãe’, ‘Pai maltratante’. Cada capa era pior do que a outra. O que poderia eu fazer para evitar tamanha humilhação diante dos meus filhos?“.
“Ver a minha vida devassada causou-me muito sofrimento, raiva, desilusão… Pensei várias vezes: ‘Quem escreve isto não pode ter filhos’. Não pensa duas vezes antes de imaginar o impacto que estas mentiras e acusações sem fundamento têm numa família“, apontou também a comunicadora.
No entanto, a apresentadora volta a defender aquele que foi sempre o seu posicionamento, nos cerca de 10 anos em que o processo se manteve na justiça:
“Quando fui arrastada para um processo público, escolhi não entrar na chamada ‘lavagem de roupa suja’. Nunca vou dizer mal do meu ex-marido publicamente e não vou ser atirada para o meio do chorrilho de acusações. Acredito na dignidade e para mim o silêncio é uma arma poderosíssima. Até poderia estar a gritar por dentro, perante todas as calúnias, contudo não queria alimentar a bola de neve“.
E acrescenta, sobre a luta contra o problema oncológico: “Não acredito que seja por acaso que tive um cancro. Estava muito frágil, a tentar manter o duro núcleo da família sem grandes interferências externas. Meter-me numa guerra nas revistas só iria criar mais raiva e sofrimento. Mas foi difícil“.
Já num capítulo mais final de uma obra que passa em revista muitos outros episódios da vida da apresentadora, desde o nascimento até ao momento presente, Bárbara Guimarães deixa ainda uma justificação.
“Porque partilho estes detalhes agora? A realidade como esse casamento terminou é pública e a justiça foi feita no local apropriado: nos tribunais. Não devo, por causa dos meus filhos, mergulhar no que aconteceu anos mais tarde. Mas é importante que eles saibam que nasceram do amor“.
“Se os 10 anos de processos em tribunal me prejudicaram? Claro que sim. Prejudicaram loucamente. Fui vítima de um assassinato de carácter gigante“.
A apresentadora vive agora uma fase completa e serena, feliz e realizada. Ainda assim, mesmo que para trás das costas, há marcas do passado que continuarão cravadas na pele.
‘Tempestade Perfeita‘ já se encontra nas bancas, e é uma obra da ‘Oficina do Livro’ da editora LEYA.