Nos últimos dias, António Pedro Cerdeira esteve no centro das atenções depois de ter sido acusado pela ex-companheira (de quem se separou há três meses) de violência doméstica por agressões físicas e verbais. O ator da novela ‘Sangue Oculto’ concedeu uma entrevista exclusiva no programa ‘Júlia’, da SIC, para reagir às polémicas.
Em conversa com Júlia Pinheiro, António afirmou – como já tinha declarado anteriormente através de um comunicado – que “fui e sou vítima de violência doméstica”. “A violência domestica não é só física: é também a psicológica. E estou à vontade em todas as coisas que direi neste programa porque elas estão provadas, estão entregues no Ministério Público”, esclareceu.
“Eu não sou, nunca fui e nunca serei um agressor de mulheres. Tenho um profundo ódio a um homem que seja agressor de mulheres e a uma mulher que também agrida, embora eu saiba que é um crime maioritariamente masculino. Volto a dizer: eu fui e sou vítima de violência doméstica. Tenho esse estatuto de vítima“, afirmou.
O ator disse que esteve com a ex-companheira, de forma intermitente, durante cerca de nove anos, e que a relação tinha “muitos problemas, problemas de álcool e de outras substâncias”. “Há três anos, houve uma queixa desta senhora, porque eu tinha acabado a relação. Eu estava farto da relação, tinha tido vários episódios de agressões, de cenas de ciúmes, escândalos públicos“, disse, acrescentando que havia outro problema: “A mentira compulsiva.”
“Fiz 50 tentativas para acabar a relação e não consegui“
Durante a convivência com a ex-companheira, António Pedro Cerdeira explicou que começou “a descobrir os problemas aos poucos, os problemas com álcool”. “Apaixonei, sofri, comecei-me a fechar. Não soube lidar com a situação porque fui comodista, porque fui cobarde e depois fiz 50 tentativas para acabar a relação e não consegui”, afirmou.
Em junho deste ano, o ator decidiu colocar definitivamente um ponto final da relação. “Temos um dia onde ela passa a tarde a tomar gin tónico, onde diz que supostamente nessa tarde foi agredida. Fui convidado [por amigos] para um jantar, e no jantar [a ex-companheira] faz uma cena de ciúmes”, recordou.
“Eu fui a casa num instante, fiz-lhe a malinha com três ou quatro peças de roupa que ela tinha, deixei-a no pátio e telefonei a dizer: ‘não ficas mais na minha casa’. Entretanto recebo um telefonema a dizer que ela está a partir a casa toda“, acrescentou.
António Pedro Cerdeira disse que a ex-companheira tem “uma obsessão agravada por um desequilíbrio emocional muito grave, agravado pós-morte da mãe com comprimidos, com álcool”.
Caso tenha conhecimento de uma situação de violência doméstica pode procurar ajuda junto dos seguintes contactos:
APAV – 116 006
SOS Criança – 116 111
SOS Mulher – 808 200 175
SOS Voz Amiga – 800 209 899
SOS Voz Adolescente – 800 202 484
UMAR – Centro de Cultura e Intervenção Feminista – 218 873 005