Amigo de Betty Grafstein: “Era péssimo marido, aquilo que uma mulher não quer”

Abel Dias descreveu José Castelo Branco como “brutamontes” e disse que a designer de joias tinha “medo” e “vergonha que se tornasse público”.

Photo by Owen Hoffmann/Patrick McMullan via Getty Images
Photo by Owen Hoffmann/Patrick McMullan via Getty Images

Famosos

Betty Grafstein teve alta hospitalar e já se encontra nos Estados Unidos, onde a sua chegada ao aeroporto foi registada através de imagens. Abel Dias, amigo próximo da designer de joias concedeu algumas declarações sobre a alegada violência doméstica e o estado de saúde de Betty.

Em declarações exclusivas à ‘Análise Criminal’ da Casa Feliz, da SIC, Abel recordou a vinda da amiga ao batizado da neta de José Castelo Branco. “Vinha muito combalida e o José ia fazer as suas coisas de trabalho para o Porto e, portanto, ele entregou à Marcela [Fernandes] a Betty, que nunca tinha visto a Betty. A Marcela, de repente, começou a olhar e começou a ver que as coisas não enquadravam umas com as outras. Ela ficou a tomar conta da Betty e a perceber quem era o José Castelo Branco como marido da Betty”, contou.

“De imediato, ela olhou e viu. Sabia-se. O José era um brutamontes a falar com as pessoas e ainda será porque ele não mudou”, disse, referindo que não viu nenhuma agressão, mas a designer de joias “não lhe contava” sobre a alegada violência doméstica. “Se eu o vi a ser bruto? Sim (…) Ele era absolutamente um marido péssimo, aquilo que uma mulher não quer”, afirmou.

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“Os médicos perceberam que havia ali violência e a Betty percebeu que estava cercada de amigos, que aqueles médicos eram todos maravilhosos, mais a Marcela que foi uma pessoa fantástica para a Betty. Então ela respirou fundo e disse ‘aqui eu posso estar à vontade, basta que eles não deixem entrar o José e basta que eu diga a verdade’ e ela disse a verdade, aquilo que tinha sido, ao longo dos anos, confrontada pelo José Castelo Branco”, esclareceu.

“Ela tinha vergonha que isto se tornasse público”

Abel Dias afirmou que presenciou violência psicológica e explicou o motivo pelo qual não denunciou. “Eu passei muito tempo em casa deles, várias vezes fui a Nova Iorque e fiquei em casa deles. Eu não podia denunciar a situação porque, além dele ser um brutamontes, eu tinha medo porque já tinha acontecido com o filho da Betty, o filho vir a Portugal para buscar a Betty e depois a Betty não querer ir e dizer que afinal já não era nada. A Betty tinha receio dele e tinha vergonha, muita vergonha. Ela tinha vergonha que isto se tornasse público, contou.

Quando fui ver a Betty, ela disse-me ‘ajuda-me’. E eu disse ‘eu ajudo-te, mas tu tens de ajudar-te a ti própria. Tens de ser tu a dizer’ e ela no dia seguinte, mais os médicos, contou a história das vezes que ele lhe tinha batido e das vezes que ele tinha sido má pessoa. Ela partiu [para os Estados Unidos] rejuvenescida, com um semblante de felicidade enorme porque ela sabe que não vai ter de ver a pessoa que ela não quer nem dizer o nome, continuou.

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Quanto ao caso de violência doméstica, que está em tribunal, Abel Dias “não sabe o que vai acontecer”, mas refere que o divórcio vai continuar, a Betty vai divorciar-se de José Castelo Branco e o José Castelo Branco não poderá mais entrar na vida de Betty. Como? “Eu sei o que o advogado está a tratar e aquilo que o filho está a tratar, que se chama divórcio”, explicou.

Já a reação de Betty Grafstein ao ver o filho, Roger Grafstein, em Portugal “foi fantástica”. “Quando ela viu entrar o filho no quarto ela disse ‘és tu meu querido’ e ficou muito, muito feliz porque é o único filho que tem, é a única família que tem mesmo de verdade, de sangue”, disse, acrescentando que os dois “mantinham contacto”.

Isso do José dizer que não tinham contacto é mentira porque ao José não lhe dava jeito que ela falasse ao telefone nem com o filho nem com os amigos porque o José mandava na Betty”, afirmou.

Caso tenha conhecimento de uma situação de violência doméstica pode procurar ajuda junto dos seguintes contactos:

APAV – 116 006
SOS Criança – 116 111
SOS Mulher – 808 200 175
SOS Voz Amiga – 800 209 899
SOS Voz Adolescente – 800 202 484
UMAR – Centro de Cultura e Intervenção Feminista – 218 873 005

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