Mike Tyson tinha apenas 16 anos quando perdeu a mãe, Lorna Tyson, que morreu vítima de cancro, e ficou aos cuidados do treinador Cus D’Amato. Três anos após a morte da progenitora, em 1985, tornou-se pugilista profissional em no ano seguinte, tornou-se o mais jovem pugilista a ser campeão mundial.
“Aos 14 pensei que podia ser campeão do mundo. Ganhei campeonatos nacionais, tinha recordes de ‘knockouts’, perdi com o eventual campeão. Assim que me tornei profissional toda a minha vida mudou e venci todos os que me apareciam. E tudo voltou a mudar quando me tornei campeão”, disse em entrevista ao podcast Club Shay Shay.
O estadunidense de 55 anos acredita que a tragédia familiar tornou-o “revoltado” o suficiente para chegar onde chegou. “Uma das melhores coisas que já me aconteceu foi a minha mãe ter morrido porque ela tratava-me como um bebé. Com ela, eu nunca teria entrado em lutas de rua nem nunca me teria defendido”, afirmou.
“Nunca vi a minha mãe feliz por mim, ela só me via como um menino selvagem que corria pelas ruas e que voltava para casa com roupas novas que ela sabia que não podia pagar”, acrescentou. Apesar da forte declaração, Mike Tyson já deu entrevistas onde lamenta a morte da mãe.
Sobre a produção de cannábis para fins medicinais, uma substância que consome desde a reta final da sua carreira, o antigo pugilista explicou que “sempre soube dos seus benefícios, mas era ilegal”.
“Quando a minha mente desliga, desliga-se mesmo. Não queria ninguém, tudo se tornava o meu inimigo. Comecei a fumar em 1997 e já não consigo deixar. Sou uma pessoa totalmente diferente quando não a uso. Agora não podia ser campeão como fui outrora. A minha maior virtude são os meus defeitos. Não existe nenhum problema em ter defeitos. O único problema é não saber que os tens. Já nasces com eles, não consegues evitá-los”, confessou.