Tatiana Valério terá vivido 'terror' com o pai das filhas: "Eu estou aqui, sobrevivi"

A ex-participante de 'Quem Quer Namorar com o Agricultor?', da SIC, falou sobre a "a realidade dura da violência doméstica".

Tatiana Valério
Tatiana Valério
Reprodução Instagram, DR

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Depois de ter sido noticiado que foi, alegadamente, vítima de violência doméstica, Tatiana Valério - ex-participante da primeira edição de 'Quem Quer Namorar com o Agricultor?', da SIC - falou publicamente sobre o caso contra o pai das filhas, Joaquim (de quem se separou), num vídeo partilhado nas redes sociais.

"Não era assim que eu tinha planeado partilhar a minha história. Mas a vida nem sempre acontece como esperamos… Saiu uma reportagem sobre mim - sobre aquilo que vivi, a realidade dura da violência doméstica. Não é uma história 'cor de rosa'. É uma história real. E necessária. É uma leitura difícil, mas que espero que seja também um lembrete: sejam gentis porque atrás do sorriso mais alegre pode estar a dor mais escondida", escreveu na legenda da publicação.

A notícia, publicada pela TV 7 Dias, cita o comunicado publicado na página de Internet da Procuradoria-Geral Regional de Évora: No decurso do relacionamento iniciado em 2019, o arguido maltratava física e psicologicamente a vítima, comportamentos que se intensificaram nos últimos dias, inclusive praticados na presença das filhas de ambos, com cinco e dois anos”, lê-se.

Segundo a publicação, numa queixa, datada a dezembro de 2024, Joaquim é acusado de pegar fogo a uma colcha da cama onde estava a filha mais velha. A 27 de maio deste ano, o suspeito foi detido para interrogatório e foram-lhe decretadas medidas de coação, ficando impedido “de se aproximar e estar na residência da vítima e de contactos presenciais ou à distância, através de quaisquer meio", obrigado-o a usar pulseira eletrónica.

Já no vídeo, Tatiana Valério começa por dizer: "Como sabem, há semanas que tento partilhar algo convosco. A verdade é que acabo sempre travada, seja pelo medo, seja pela vergonha. Não era assim que eu planeava contar-vos a minha história, mas a verdade é que nem sempre as coisas acontecem como nós planeamos, mas às vezes como nós precisamos."

"A semana passada saiu uma notícia sobre mim numa revista cor de rosa, mas esta história não é cor de rosa. Esta história é uma realidade dura que acontece todos os dias (...) é uma realidade que todos devem conhecer, que sirva como lembrete. Sejam gentis. Não julguem porque muitas vezes atrás do sorriso mais alegre está a luta mais dura", acrescentou.

"Eu não me envergonho da minha história. Eu tenho muito orgulho porque eu estou aqui, sobrevivi. Eu estou de pé e vou continuar. Sejam gentis. Até aqui nós falámos, hoje vamos gritar. Uma por todas e ninguém fica para trás", rematou, visivelmente emocionada.


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Caso tenha conhecimento de uma situação de violência doméstica pode procurar ajuda junto dos seguintes contactos:

APAV – 116 006
SOS Criança – 116 111
SOS Mulher – 808 200 175
SOS Voz Amiga – 800 209 899
SOS Voz Adolescente – 800 202 484
UMAR – Centro de Cultura e Intervenção Feminista – 218 873 005