Karla Regina Francelino Rodrigues, cujo nome artístico é Blaya, é conhecida desde os tempos de Buraka Som Sistema, que regressarão em 2026 aos palcos, no NOS Alive.
A artista luso-brasileira - que assumiu já ter recebido alguns comentários negativos "por ser uma artista que canta" sobre temas "atrevidos", cujos concertos tinham, no passado, "uma linguagem mais sensual, com danças mais atrevidas" - recorreu às redes sociais para fazer um sentido desabafo precisamente sobre "músicas muito sensuais" e as crianças.
Através da sua conta do TikTok, esta segunda-feira, 21 de julho, esta 'mãe de dois' criticou a forma "leve" como o público português permite que os seus filhos oiçam conteúdos "sexuais" ainda em idade menor.
"Acho muito engraçado e muito interessante o quão leve vocês levam com outros artistas a chamarem crianças para cima do palco para dançarem músicas muito sensuais, sexuais, tudo. Se sou antiquada, se calhar sou", disse.
"Não precisamos de estar constantemente a mostrar estas músicas às crianças"
"'Oi, toma, toma, toma, sua cachorrona', epá crianças a fazerem isto... para mim não faz sentido. Mas sendo artistas de fora com músicas atrevidas, vocês aceitam e adoram que os vossos filhos dancem essas músicas atrevidas e: 'Uau, 'bora! Estás incrível filha de 5 anos/7 anos!'. Mas se um artista português canta uma música mais atrevida, mais sexual, se calhar não tão sexual como os artistas lá de fora, aí já não. 'Não, não pode ser! Não pode ser!'. Cada um é livre de ouvir o que bem entender, a música é universal, mas tem faixa etária", continuou.
Blaya, que recordou que "nunca" chamou crianças aos seus palcos "porque realmente não faz sentido crianças estarem a dançar músicas mais atrevidas", acabou o vídeo a falar sobre um momento que viveu recentemente.
"No outro dia fui dar um workshop de afro e com 'pack bundas', e na parte de 'pack bundas', que é com funk, eu tinha uma playlist, mas era com músicas com nomes mal criados e mais sexuais...e havia crianças no workshop. (...) Percebi que havia palavrões e fui logo procurar uma sem. As professoras disseram-me 'não faz mal, elas não percebem nada'. Mesmo que não entendam, elas ouvem e vão replicar a música. Existe funk sem palavrões, não precisamos de estar constantemente a mostrar estas músicas de teor sexual às crianças, existem outras músicas", concluiu, tal como se pode verificar no vídeo acima.