Com as emoções 'à flor da pele', Eduardo Torgal 'revive' morte dos pais: "Ninguém está pronto"

O especialista do programa 'Casados À Primeira Vista' recordou no 'Alta Definição' este momento difícil da sua vida. Saiba mais aqui!

Eduardo Torgal
Eduardo Torgal
SIC

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Foi com a voz nitidamente mais tímida que Eduardo Torgal, especialista da experiência social da estação de Paço de Arcos, Casados À Primeira Vista, recordou no programa deste sábado, 12 de abril, Alta Definição, um dos momentos mais difíceis e trágicos da sua vida: a doença e consequentemente morte dos pais.

Dias antes da emissão, Daniel Oliveira já tinha tornado público um trecho da entrevista, no qual se ouvia o coach a explicar que foi, aos 19 anos, que tudo na sua vida mudou. "Foi o choque", afirmou, iniciando a sua partilha sobre os dois acontecimentos que o viriam a marcar profundamente.

"Naquele período, a minha mãe adoece. Teve uma embolia cerebral. O meu pai pouco tempo depois tem cancro e pouco tempo depois acaba por falecer e pouco tempo depois eu perco a minha mãe. E esse período foi um período muito marcante, porque ninguém está pronto para isto", começou por desabafar.


Recuando nas suas memórias mais 'duras', Eduardo Torgal explicou que "estava presente" no exato momento em que a mãe, num "dia normal de domingo", sofreu a primeira embolia cerebral. "Eu ligo para o 112, eu vou para o hospital, eu vou acompanhá-la. E foi muito duro", contou.

Pouco tempo depois, o especialista em relacionamentos viu o pai ser diagnosticado com cancro. Lembra-se, segundo as suas palavras, de o acompanhar à quimioterapia e de questionar o que se estava a passar. "Esta minha inocência sempre tentou ser protegida", confessou.

O pai de Eduardo Torgal, contudo, acabaria por morrer, e, quanto a esta perda há algo que impacta o coach e que o mesmo não esconde. "Chorei verdadeiramente não ter estado ao lado dele. Nos últimos momentos da vida dele, eu não consegui estar e isso foi algo que me marcou", confessou também.


Nos dois anos seguintes, o rosto de Casados tornou-se cuidador da mãe e viu, naquele período, o "Hospital dos Capuchos" ser a sua "segunda casa". "Eu não conseguia dormir uma noite descansada, porque havia sempre uma parte de mim em alerta", explicou, recordando as "últimas imagens da mãe".

"Não é aquela pessoa forte. Era, de facto, alguém que querendo ter a força e a determinação não a conseguia ter. [...] A partida da minha mãe foi uma dor tremenda, que transformei talvez em raiva, em sentimento de estar mal com o mundo. Mas ao mesmo tempo há aquele vazio. Esse vazio deixou de ser preenchido com picos de eventos catastróficos para só viver com a dor".

Veja o vídeo abaixo:

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