Paulo Sousa Costa: "Toda a gente dizia que o meu filho estava no céu. Então eu quero ir ter com ele"

O encenador viu o filho perder a vida com apenas seis anos vítima de uma leucemia fulminante. Confira aqui o desabafo!

Carla Matadinho e Paulo Sousa Costa
Carla Matadinho e Paulo Sousa Costa
Reprodução Instagram, DR

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O dia 21 de setembro de 2010 marcou tragicamente a vida de Paulo Sousa Costa. O encenador perdeu o filho, o pequeno Paulinho, com apenas seis anos. O menino morreu em idade precoce vítima de uma leucemia fulminante.

Ao lado de Zulmira Ferreira, no programa da SIC de Júlia Pinheiro, Paulo Sousa Costa recuou no tempo e reviveu os dias tremendos que viveu antes e depois da morte do filho, algo que assume ser um dano na sua vida irrecuperável.

Durante o seu processo mais intenso de luto, o encenador foi convidado a escrever um livro inspirado no filho. Deu-lhe o título de Desistir Não É Opção, uma frase que, contou nesta tarde, disse inúmeras vezes ao ouvido de Paulinho quando o menino se encontrava internado.


Foi um compromisso”, partilhou. “Como tu sabes há uma vontade muito grande de desistir nesta altura, quando isto acontece”, disse para Zulmira Garrido, explicando o pedido que fez, naquela fase, à atual companheira, Carla Matadinho.

Eu quando pensei pedi à Carla ‘não me deixes sozinho, vê sempre onde em estou’", recordou Paulo Sousa Costa as suas palavras para com a mãe dos dois filhos que recebeu posteriormente à fatalidade nos braços, Letícia e Sebastião. Logo depois, esclareceu em concreto a natureza do que lhe ia na alma.

Os pensamentos que eu tinha de desistir, é engraçado, nunca foram de ‘eu não aguento mais a dor’ ou ‘não consigo viver assim’, ‘não consigo’, ‘vou morrer por amor’, porque morre-se por amor. Não era tanto isso” continuou, proferindo logo depois uma das declarações mais marcantes da sua conversa com a comentadora do Passadeira Vermelha.


"Toda a gente dizia que o meu filho estava no céu, então eu quero ir ter com ele. E isso é um pensamento, eu acho, ainda mais perigoso porque é uma coisa muito leve, não é pesadão de 'suicídio'. Portanto, eu tinha um 'Dragãozinho Azul' no céu e queria muito ir ter com ele, era o que eu mais queria, no fundo, não era desistir da vida, eu queria era ir ter com o meu filho", rematou, emocionado, por fim.