Florbela Queiroz acusa nora de violência: “Fazia a minha vida num inferno”

A artista de 81 anos, que perdeu o filho em 2022, contou que a nora queria que ela saísse “de vez” da sua própria casa.

Florbela Queiroz
Florbela Queiroz
SIC

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Florbela Queiroz perdeu o filho, em 2022, vítima de “um ataque cardíaco”. A morte de Manuel João Matias, aos 44 anos, aconteceu três anos depois dos dois terem feito as pazes, após um polémico processo judicial com acusações de violência doméstica.

Em entrevista à ‘Nova Gente’, a artista de 81 anos, afirmou: “Não foram só acusações, ele foi condenado. Mas não fiz queixa dele à polícia. “Fui parar ao hospital e, quando cheguei lá, a única pessoa que apareceu foi o meu irmão, que mora em Inglaterra, mas que tem uma casa em Torres Vedras e que, nessa altura, estava de férias cá. Ele ligou para ele e não atendeu, ligou para mim 500 vezes e eu não atendi. E ele pensou que eu não estava bem. Ligou à polícia, que não me viu, e decidiu arrombar o portão”, recordou.

Quando me vieram buscar, já estava mais para lá do que para cá, tinha tentado suicidar-me. Fui parar ao hospital e o hospital apresentou queixa. A partir daí, não tive mais nada a ver com isso, esclareceu.

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Nunca tinha ouvido aquilo de ninguém. E depois ela batia-me

O processo de violência doméstica foi movido contra o filho e a nora. “O que as autoridades disseram era que quem me batia era ela, o meu filho nunca me bateu. Ela é que fazia a minha vida num inferno”, disse, referindo que os dois chegaram a viver na sua casa. “Casei-os e depois arranjei a casa toda para virem para aqui. Eu ficava só numa parte porque tenho 10 divisões e o resto da casa era para eles. Mas ela queria que eu saísse de vez, que fosse para a Casa do Artista. Isto em 2013, ou seja, quando eu tinha 70 anos.”

No entanto, a relação com a nora nem sempre foi assim. “Ela era uma menina de ouro. Era a filha que eu nunca tinha tido”, afirmou, recordando o exato momento em que tudo mudou: Quando ela disse ‘você é uma velha cheia de peles, vai para a Casa do Artista’. Fiquei a olhar, com as lágrimas a saírem, porque nunca tinha ouvido aquilo de ninguém. E depois ela batia-me, fazia-me aquelas coisas todas… é uma coisa que não quero nem me lembrar”, explicou.

Florbela Queiroz nunca mais voltou a falar com a nora e a última vez que a viu foi no funeral do filho, que lhe chegou a pedir perdão. “Esteve dois anos a viver comigo. Ainda ando a pagar as coisas dele”, contou.

Caso tenha conhecimento de uma situação de violência doméstica pode procurar ajuda junto dos seguintes contactos:

APAV – 116 006
SOS Criança – 116 111
SOS Mulher – 808 200 175
SOS Voz Amiga – 800 209 899
SOS Voz Adolescente – 800 202 484
UMAR – Centro de Cultura e Intervenção Feminista – 218 873 005