Bárbara Guimarães lançou recentemente a obra Tempestade Perfeita – Como Sobrevivi à Tormenta. No livro, a apresentadora de televisão recorda, maioritariamente, como viveu e ultrapassou um dos períodos mais difíceis da sua vida – o cancro.
Embora, contudo, tenha vencido a batalha contra a doença, houve uma fase em específico, já depois de uma grande luta, que a levou a fraquejar e a pensar, verdadeiramente, na morte. O relato está rigorosamente detalhado no capítulo Mais uma batalha da recente obra assinada por Bárbara Guimarães.
Tudo aconteceu “após o término das visitas ao IPO“. Ou seja, a apresentadora tinha acabado de vencer a luta contra o cancro e já enfrentava uma nova. Foi desencadeada por uma mastite, uma inflamação no tecido mamário que resulta de uma infeção e que causa dor e inchaço na mama.
Mais um internamento…
Num dia em que já não suportava mais a dor, Bárbara Guimarães pediu ajuda e foi de urgência para o hospital. Na unidade de saúde acabou por ficar logo internada. Após vários exames, os médicos não tinham a certeza do que estava a causar a inflamação na mama da apresentadora.
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Foi, assim, que decidiram avançar para uma PET, isto é, uma tomografia por emissão de positrões, que possibilita, na prática, distinguir lesões benignas e malignas. Depois de uma “picada nas costas” com a maior agulha alguma vez vista por Bárbara Guimarães, eis que chegam as primeiras suposições.
“Chegou o resultado e os médicos foram diretamente ao meu quarto para mo comunicarem. Estavam em cima da mesas as piores hipóteses. Explicaram-me que poderia ser um linfoma ou um cancro do pulmão. Fiquei chocada“, contou.
Ao todo, Bárbara Guimarães esteve internada cerca de dois meses e meio e, na verdade, durante esse período foram vários os pensamentos que lhe ocuparam a mente. Inevitavelmente, alguns não muito positivos.
“Ouvir outra vez falar de cancro, e das terríveis perspetivas que me colocavam, assustou-me bastante. Tanto que tive de tomar medidas. Tenho uma grande amiga procuradora da República, a Megue, a quem coloquei uma questão que me preocupava: se eu morresse o que é que aconteceria aos meus filhos?“.
A resposta foi, depois, dada ao rosto da SIC de uma forma, segundo descreve, “clara e precisa“. “‘Segundo a lei, a primeira pessoa a entrar na tua casa é o tutor, ou seja, o pai dos teus filhos’. Desconhecia esse facto e quis saber o que poderia fazer perante essa situação“, relatou.
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“A minha amiga foi perentória: ‘Um testamento e pode-se fazer aqui mesmo no hospital’. Foi o que fiz. Sentada na cama de um hospital assinei um testamento. Assumi que o fim poderia estar próximo e que não ia ser apanhada desprevenida“.
“Senti que podia não existir um amanhã”
Já decidida, certo dia Bárbara Guimarães recebeu no quarto onde estava internada uma testamentária, duas testemunhas e foi, assim, que decidiu quem iria ficar a gerir os seus bens e a fazer cumprir os seus desejos caso viesse a morrer.
“Tinha de ser pragmática. Resolver tudo. Não deixar para amanhã. Porque senti que podia não existir um amanhã“, relatou.
Saiba que, mais adiante na obra, a apresentadora revela que os resultados finais detetaram uma bactéria e que para a eliminar bastava a medicação via oral. “Precisava de manter o bicho no casulo até a medicação o expulsar. Mas tinha, uma vez mais, de o respeitar“, pode ainda ler-se.