Diana Chaves tinha apenas 11 anos quando passou por uma das fases, possivelmente, mais complicadas da sua vida: a morte da mãe, vítima de cancro. A apresentadora da SIC falou sobre a fatalidade com Francisco Pedro Balsemão, no podcast Geração 80, do Expresso.
A conversa entre o CEO do Grupo Impresa e o rosto das manhãs da SIC desdobrou-se por vários temas, desde a infância da apresentadora até à atualidade, com foco, sobretudo, no facto de Diana Chaves ser mãe da pequena Pilar, de 11 anos, e tudo o que daí advém.
Mesmo assim, um dos assuntos que mais se evidenciou na entrevista diz respeito à morte precoce da mãe da comunicadora. Um facto que acabou por marcar toda a infância da também atriz e que viria a determinar a sua vida enquanto adolescente e, claro, adulta.
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O “blackout traumático” de Diana Chaves
Como qualquer perda, Diana Chaves sentiu um duro embate emocional na altura, ainda em criança, que perdeu a mãe. Tinha apenas 11 anos e, segundo as suas revelações a Francisco Pedro Balsemão, hoje tem algumas falhas de memória em consequência daquela fase tremenda do ‘desaparecimento’ da progenitora.
“Eu tenho um blackout muito grande ali nalguns anos, provavelmente traumático. Acho que isto é normal. Portanto, há coisas que eu não me lembro, provavelmente porque o sofrimento era tão grande que depois o cérebro faz aquilo que tem a fazer“, revelou Diana Chaves.
Mesmo assim, e incentivada pelo líder do Grupo Impresa, a apresentadora da SIC fez questão de dar a conhecer o que diria, se recuasse o tempo atrás, àquela menina que, precocemente, perdeu a mãe. “Diria para não perder a esperança, que ia ser ainda muito feliz“.
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Já à “menina mais crescida“, uns anos depois da fatalidade e a viver a adolescência, a comunicadora garante que fazia de tudo para que essa jovem aproveitasse “a vida” e levava-a a perceber que não seria necessário preocupar-se “tanto com o futuro“. “Deixar as preocupações para os adultos, porque eu acho que passei ali uma fase demasiado preocupada“, confessou.
A importância do pai, que passou a ser “pai e mãe”
O pai de Diana Chaves, após a dura perda da mulher, foi quase, como descreve Francisco Pedro Balsemão, o homem pioneiro da contemporaneidade, já que teve de assumir o verdadeiro papel do que é ser-se pai e mãe simultaneamente. Uma tarefa que parece ter cumprido, segundo o rosto da SIC, com perfeita distinção.
“Não posso deixar de falar do meu paizinho, que foi pai, mãe, tudo. A esta distância eu consigo perceber o esforço incrível que o meu pai fez. Naquela altura, eu via só um pai muito dedicado, trabalhador“, desabafou Diana Chaves, assumindo que nunca viu o progenitor “cansado“.
De forma a comprovar o bom desempenho do pai para com as três filhas — note que a apresentadora tem duas irmãs, Petra, 11 anos mais velha, e Sara, com quatro anos a menos do que a comunicadora — Diana Chaves decidiu recuar atrás no tempo para dar a conhecer um dos muitos episódios vividos a quatro.
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“O meu pai trabalhava à noite. Antes de sairmos para o treino, o meu pai vinha com pãozinho fresco. Nós comíamos o pequeno-almoço, às 6 horas da manhã, pãozinho acabado de sair da padaria, fresquinho; depois íamos para o treino, voltávamos, e eu não sei como, o meu pai não dormia, porque ele depois já estava pronto para nos levar e para nos ir buscar. E nós éramos três! Ele estava sempre lá, incrível mesmo“, recordou Diana Chaves.
A união entre Diana Chaves e as duas irmãs, Petra e Sara
Quanto à ligação das três irmãs, Diana, Petra e Sara, manteve-se sempre unida e forte desde o início. Segundo o que a apresentadora certifica, intensificou-se ainda mais com a perda da mãe das três.
“Acho que, sem dúvida, a relação de irmãos quando se passa por uma fatalidade destas muda um bocadinho. Muda no sentido de ser mais forte ainda, porque a partir daquele momento nós temos também que nos proteger umas às outras“, partilhou.
A quatro, a verdade é que a comunicadora assume ter crescido da forma como qualquer criança deseja. “Nós fomos muito felizes, muito felizes“, destacou, embora assuma que não sabe “o que é viver a adolescência, a idade adulta com mãe“. Mesmo assim, e após a infelicidade, união entre as irmãs nunca faltou. “Continuamos a ser [unidas] hoje em dia“, confessou ainda.
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A relação com a fé após a morte da mãe
Outros dos assuntos que veio ao de cima na conversa entre Diana Chaves e Francisco Pedro Balsemão diz respeito à ligação, num momento em específico muito abalada, entre a fé a a comunicadora, que assume ter ficado “zangada“. A razão? O rosto da SIC respondeu!
“Eu lembro-me que os adultos me diziam ‘reza, pede à noite para que a mãe fique boa’, porque a minha mãe morreu com cancro, houve aquele período de doença. E eu rezava à minha maneira, eu pedia muito e tal e depois quando não fizeram aquilo que eu pedia eu fiquei zangada. Disse ‘então eu rezei tanto… eu pedi tanto’“, explicou, dando a conhecer que viveu, inclusive, um período de revolta.
“Irritava-me de certa forma quando eu via que as pessoas se agarravam muito àquilo. Eu acho que é aquela revolta ‘escusas de rezar, porque se tiver de acontecer, acontece’. No entanto, já passou… Sinceramente, eu já não estou zangada. Já passou há muito tempo“, admitiu ainda.