Cândido Costa, de 42 anos, foi o convidado de Daniel Oliveira no programa deste sábado, 13 de janeiro, do Alta Definição. Numa entrevista extremamente reveladora, o antigo jogador de futebol abriu o coração para falar sobre a sua vida, que admitiu desde logo ter tido vários e diferentes altos e baixos.
Ao longo de quase uma hora, um dos pontos em que Cândido Oliveira mais incidiu foi acerca da sua ligação com os pais, nomeadamente com a figura paterna. “Eu digo que ele é o meu ponto mais forte, ele e a minha mãe, mas tenho uma relação muito especial com o meu pai“, partilhou.
“[A relação] é como todas, entre pai e filho, mas depois é sólida. É vivida! Às tantas ele tornou-se no meu melhor amigo, acompanhou-me sempre, mesmo quando eu estava errado, quando eu estava desviado ele fez questão de acompanhar“, disse o comunicador, evidenciando logo de seguida uma das suas grandes preocupações.
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“É [também] o meu ponto menos forte, porque me apavora vê-lo a envelhecer. O maior medo, o meu ponto sensível é ver os meus pais a envelhecer“, confidenciou já de lágrimas nos olhos. É, por isso, que Cândido Costa faz questão de passar o maior tempo possível acompanhado pelos pais, que têm um papel importantíssimo na vida do comentador.
“Estão em todo o lado da minha vida“, garantiu, afirmando que para todas as decisões da gestão dos seus dias conta sempre com as palavras dos progenitores, nomeadamente, uma vez mais, a do pai. “É sempre a opinião mais importante“, “o elogio dele é sempre o melhor“. Esta ligação foi de tal forma próxima que o pai de Cândido tatuou, já com 50 anos, uma das frases que mais proferia, sobretudo na infância, para o comunicador: “Juntos venceremos!“
Tendo vivido um início de vida duro, num bairro social, Cândido Costa não teve nos primeiros anos uma vida de abundância no que toca à questão financeira. Numa das histórias partilhadas, o antigo jogador de futebol relembrou uma das quais mais o marcou e que retrata as dificuldades que viu a sua família passar.
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“Tenho uma imagem muito difícil de gerir. O meu pai finalmente conseguiu comprar um carro com alguma decência, um Ford Fiesta. Eu lembro-me do contrato, do negócio em si, da dificuldade que foi perante o vendedor aquilo se concluir com êxito; a terrível ginástica que a minha teve que fazer para pagar a prestação daquele carro“, contextualizou.
Reconhecendo o pai como “um ótimo condutor“, certa vez, de regresso para São João da Madeira, localidade onde vivia a família, acabou por bater com o carro. “Se calhar é a imagem que retrata um bocado o espírito que nós temos: o meu irmão Fábio com um lencinho a limpar o capot é uma imagem que eu tenho de ‘estamos fod****'”. Aquilo já era tão duro e ver a cara do meu pai…“, continuou, tremendamente emocionado.
“Quando eu pude tentei sempre dar as coisas ao meu pai. Era mais importante o meu pai ter do que eu ter. (…) Eu sempre quis mimar o meu pai, sempre lhe quis dar pela via daquilo que eu estava a conseguir o que ele não teve tempo para se dedicar, porque eu reconheço que o meu pai é bastante melhor que eu em muita coisa e eu herdei dele muita coisa. Eu tive sempre esta necessidade de fazer os meus pais felizes. (…) Eu estou preparado para a dor. Não estou preparado para ver os meus pais com dor“, concluiu.
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Veja o vídeo do momento abaixo: