Se o amor pode acontecer em todo o lado? Sim, pode. Que o confirme a jornalista da SIC Notícias, Sara Tainha, cuja vida a levou a conhecer a paixão da sua vida num momento que nunca esperou. O site do Fama Show esteve à conversa com a comunicadora, que nos contou tudo sobre o início do romance com um colega de trabalho que se tornou no seu marido.
Decorria o ano de 2014. A notícia de que o Banco Espírito Santo (BES) tinha ‘caído’ ecoava por todos os cantos do país. Nas redações do território nacional, vivia-se o caos. Era imperativo fazer-se a cobertura desta realidade, caraterizada por Sara Tainha, como “dramática“.
Na altura, a jornalista encontrava-se num canal televisivo de informação português e foi a escolhida para cobrir a queda do BES. “Eu era estagiária, literalmente. Olharam para a redação e disseram ‘Vai tu, vai tu!“. Ainda recém chegada ao mundo do jornalismo e com pouca ‘bagagem’, Sara Tainha ainda se tentou defender perante a situação.
“Eu não sei, nunca fiz um direto, eu não faço ideia“, recordou a jornalista o que disse na altura em que foi confrontada com o pedido. Porém, não teve sucesso na arte de convencer. A ordem dos superiores da redação ‘falou mais alto’ e foi assim que se estreou no universo vasto dos diretos televisivos. Mas eis que, sem saber, o melhor ainda estava por vir.
“O que é engraçado é que o repórter de imagem que ia comigo, que eu não conhecia de lado nenhum, hoje em dia é o meu marido“, desvendou ao site do Fama Show entre rasgados sorrisos. “O meu primeiro direto foi com o meu marido“, reforçou, “que estava ali, coitado, sem me conhecer de lado nenhum“.
Na altura, ainda desconhecidos, foi o incentivo do atual companheiro de Sara Tainha, cujo nome é Luís, que levou a jornalista ao primeiro de muitos trabalhos em direto para as televisões portuguesas. “Vai correr bem. Força! Vais conseguir“, frisou a comunicadora as palavras daquele que viria a ser o seu marido naquele dia que marcaria para sempre a vida dos dois.
O tempo passou e dali nasceu um romance que viria a ser consumado num casamento entre os dois, no ano de 2019. A acompanhar toda a apaixonante história, envolta de ambiente profissional, improbabilidades e de, claramente, muito amor, esteve a também jornalista Mónica Martins, colega de profissão e amiga incansável de Sara Tainha.
“Fomos acompanhando o percurso de vida uma da outra. Com o tempo, o ‘Botas’ [Luís] acabou por vir também trabalhar aqui para a SIC como repórter de imagem. Entretanto pediu a Sara em casamento e nós fomos acompanhando todos esses momentos, da despedida de solteira ao casamento“, revelou a jornalista, com quem o site do Fama Show esteve igualmente à conversa, dando a conhecer a bonita amizade que une as comunicadoras da SIC Notícias.
Eis que Sara Tainha e o marido, após terem ‘dado o nó’, trouxeram ao mundo duas meninas, agora com dois anos: a Amparo e a Rosário, de quem Mónica Martins é madrinha. “Como é que eu podia dizer que não?“, recordou ainda o momento de quando a amiga a convidou para esse papel importante na vida das duas crianças.
“Sempre disse que queria ser jornalista” — A paixão de Sara Tainha pelo jornalismo
Sara Tainha dificilmente se lembra de ser gente sem querer ser jornalista. Aos dois anos de idade falava as “palavras normais” que as crianças primeiramente aprendem. Contudo, a comunicadora deu a conhecer uma história, que descreve, “um bocado vergonhosa“, mas que demonstra com exatidão o momento em que a paixão pelo jornalismo começou a crescer.
“Eu era mínima. Há um dia que estamos todos à mesa e eu do nada disse ‘Carlos Fino, RTP, Moscovo’. E a minha mãe disse ‘O quê? O que é que disseste?’. E eu ‘Carlos Fino, RTP, Moscovo’“, contou Sara Tainha ao site do Fama Show. Na verdade, a pivot da SIC Notícias “era apaixonada” pelo jornalista.
“Eu via o Carlos Fino e de repente o mundo parava. Fica à frente da televisão a vê-lo, de escova do cabelo na mão, e a imitá-lo“, relatou. “Sempre gostei imenso de ver telejornais. A minha mãe sempre disse que seria “impossível não ser” e eu também sempre disse que queria ser jornalista“.
Ainda em criança, Sara Tainha explicou que do infantário traz a memória de escrever “jornalista ‘detetiva’“. Foi assim que de tenra idade começou a trilhar o seu percurso, mesmo com algumas reviravoltas, mais velha, pelo caminho. “No 12º ano, na semana de candidatura à faculdade decidi, até por pressões externas e com muitas dúvidas em relação ao jornalismo, se dava emprego ou não, ir para gestão hoteleira“.
A jornalista ainda ingressou no curso, no Estoril, mas a meio do mesmo, nomeadamente no terceiro semestre, acabou por desistir. “Isto é muito giro, mas não é para mim“, recordou o que, na altura, pensou. Entrou posteriormente na Universidade Nova, no curso de Ciências da Comunicação.
No último ano, estagiou no Diário de Notícias, e mais tarde na CMTV, que “tinha acabado de começar“. Por lá ficou durante três anos, e, segundo o que relata, fez de tudo o que é possível de imaginar. Inclusive, “milhares de diretos“.
A chegada e o sucesso na SIC Notícias
“Sempre quis trabalhar na SIC“, garantiu a profissional de jornalismo. Contudo, no seu início de carreira, que coincidiu com um “período de crise” em Portugal, sabia que “era muito difícil os jornalistas conseguirem trabalho, porque era uma área com imenso desemprego“. Tal levou Sara Tainha a não pensar sequer em trabalhar na estação de Paço de Arcos.
Eis que, numa vontade imensa de chegar ao canal televisivo, a pivot enviou o currículo para a SIC e “surgiu a oportunidade“. Não pensou duas vezes e ingressou num “projeto novo” associado à SIC Internacional. É, nesta chegada à SIC, que conhece Mónica Martins, e começa a trilhar um caminho de sucesso no universo do jornalismo.
“Este jornal é a verdadeira loucura”
Em outubro deste ano, a SIC Notícias renovou a sua imagem, a pensar num cada vez melhor (e maior) compromisso para com os portugueses. Com mudanças de horários e de exigências, Sara Tainha foi uma das pivots protagonistas desta mudança do canal de informação.
O rosto da SIC Notícias assume a edição das 15 às 17 horas e, segundo a comunicadora, “este jornal é a verdadeira loucura. De todos, sem dúvida nenhuma, acho que foi o que mudou mais o conteúdo e a forma de fazer. É feito praticamente com muitos, muitos diretos“, explicou.
Sara Tainha reconheceu ainda, em declarações, que esta é uma edição principalmente virada para a atualidade internacional. E, com a imprevisibilidade dos temas assim como dos diretos, a jornalista tem de estar preparada para se ‘desenrascar’ no ar e manobrar todo o tipo de assuntos.
“Há sempre que dar prioridade à atualidade, principalmente com a crise política, com o rodopio de convidados, de diretos. Requer muita preparação“. Sara Tainha fá-lo prestando muita atenção aos “temas da atualidade“, nomeadamente os internacionais, e preparando-se “muito bem” para fazer entrevistas.
Além disso, sendo esta uma emissão de informação que dá primazia ao direto, Sara Tainha sente-se exatamente na ‘sua praia’. “Sou apaixonada e esta coisa do ‘desenrasca-te’…“, destacou, enaltecendo que foi exatamente por aí que começou, há cerca de uma década, a explorar o jornalismo.