Foi há três anos que Cláudio França se estreou como pivô na SIC Notícias. Tudo começou com um estágio curricular que rapidamente se transformou numa oportunidade em frente às câmaras. Além do jornalismo, tem uma enorme paixão pelo râguebi, desporto que pretende voltar a praticar, e define-se como uma pessoa muito ligada à família e aos amigos. Em conversa com o site do Fama Show, Cláudio França falou sobre o seu percurso na SIC Notícias e deu também a conhecer o seu lado mais pessoal.
“Tem sido uma evolução contínua que requer sempre muito trabalho”
Foi em setembro de 2020 que Cláudio França se estreou na antena da SIC Notícias como pivô e, atualmente, é um dos rostos da Edição da Manhã. Olhando para trás, o jornalista destaca, sobretudo, o seu crescimento enquanto profissional.
“Agora é muito mais metódico, também muito mais desafiante”, começa por referir. “Tem sido uma evolução contínua que requer sempre muito trabalho porque é muita responsabilidade a posição que temos todos os dias. O facto de darmos a cara pelo canal e também representar a equipa que temos sempre atrás de nós, que é equipa da SIC Notícias, obviamente dividida por cada edição, mas é uma equipa conjunta”, acrescenta.
“Acho que no início foi um crescimento muito exponencial, a partir do momento em que saí do Online e comecei logo a ‘pivotar’. Agora, é não assentar e crescer de uma forma menos rápida para conseguir evoluir e não estagnar”, explica.
Os ensinamentos de Rodrigo Guedes de Carvalho
Antes de dar os primeiros passos como pivô, Cláudio França teve formação com o jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho, um dos rostos do Jornal da Noite, da SIC. Para o jovem de Caldas de Rainha esse foi o “maior desafio profissional que teve até agora”.
“O Rodrigo sempre nos deu a formação de forma que nunca estivéssemos na nossa zona de conforto. Obviamente que todas as pessoas sabem que nós temos um teleponto, que é controlado por nós através de um pedal, temos uma régie atrás que nos dá um grande apoio, mas durante a formação foi esse apoio que nos foi retirado. E isso fez com que o meu método de trabalho fosse logo completamente diferente, ou seja eu não contar que pudesse ter alguma ajuda. E isso fez também com que as minhas ferramentas ao longo do dia fossem complemente diferentes”, salienta.
“Essa exigência e esse trabalho de como lidar com a falha têm sido fundamentais. E obviamente outras questões, o Rodrigo tem uma figura que transparece muita firmeza, mas o Rodrigo é uma pessoa muito acessível e acho que foi muito importante também durante a formação, o facto de eu poder transmitir as minhas dúvidas, os meus receios. Surgiram muitas porque eu comecei a formação quando era estagiário […] Continuamos a levar na cabeça obviamente, mas ainda há sempre essa abertura de podermos transmitir os nossos receios e dúvidas, que existem sempre”, explica.
Cláudio França define ainda Rodrigo Guedes de Carvalho como “genial” no papel de formador. “Para mim, durante a formação, acho que foi um génio e muito inteligente na forma como nos transmitiu os ensinamentos. Ainda hoje, há momentos em que nós estamos no ar e pensamos: ‘Faz todo o sentido a forma como ele nos ensinou’”, acrescenta.
A paixão pelo râguebi
Para lá do jornalismo, Cláudio França não esconde a paixão que tem pelo râguebi, desporto que praticou durante vários anos. Devido às exigências da profissão de jornalista, teve de deixar a modalidade de lado, mas mantém o desejo de regressar aos treinos. Não é à toa que um dos temas mais marcantes que abordou em antena foi o campeonato mundial de râguebi, disputado este ano, em França.
“Não é um desporto muito falado em Portugal e é dos menos praticados. Mas acho que esse crescimento passa, obviamente, pelos apoios, mas também pela atenção que os meios de comunicação podem dar […] A oportunidade de poder falar sobre râguebi, de analisar e de falar sobre o jogo foi o que me mais marcou até agora”, afirmou.
Cláudio França recorda que o râguebi surgiu na sua vida como um desafio lançado pelos colegas de turma do 8.º ano e, desde então, a modalidade tem estado sempre presente na sua vida.
“Assim que experimentei adorei, precisamente por causa das amizades que eu criei e a ligação que há entre as pessoas no desporto. Mas nunca foi um desporto muito bem recebido pela minha família por causa do contacto físico. Engraçado que a minha mãe e a minha avó só foram ver um jogo meu e eu joguei râguebi durante quase 20 anos. No primeiro jogo que foram, a minha avó disse: ‘Eu nunca mais venho ver um jogo porque é o tempo todo com as mãos no peito a pensar o que vai acontecer’”, lembra.
Por fim, o jornalista destaca ainda “os valores que o râguebi lhe trouxe como desporto”. “Valores que sempre estiverem muito presentes no meu dia a dia familiar, a questão do respeito, a organização, a dedicação, a exigência, mas principalmente o respeito pelos outros […] São valores essenciais não só na educação familiar, mas valores que o râguebi me deu”, assume.
O Cláudio para lá do jornalismo e do râguebi
Para lá do jornalismo e do râguebi, Cláudio França assume-se como uma pessoa muito ligada à família e aos amigos, e que não esquece as origens.
“Sou uma pessoa muito agarrada à família, à minha tia, à minha mãe e à minha avó também. Eu acho que os africanos têm essa característica de serem muito ligados à família, nós passamos muito tempo juntos. Obviamente que fomos crescendo, não tenho muita família em Portugal, mas mantemos sempre muito contacto”, confessa.
“Sou também muito ligado aos amigos. Tenho o mesmo grupo de amigos, que é muito grande, basicamente desde o 8º. e 9.º anos e são engraçadas as histórias que trazemos dessa altura. Muitas vezes falamos de viagens de quando tínhamos 17 ou 18 anos ou de viagens no râguebi e é engraçada essa passagem pelo tempo e como nos conseguimos dar tão bem. Sou uma pessoa muito ligada à família, muito agarrada aos amigos e às relações pessoais”, remata.