Pedro Ribeiro, radialista e diretor da rádio Comercial há 18 anos, esteve esta tarde, 17 de julho, à conversa com Júlia Pinheiro, no programa das tardes da SIC. O comunicador fez uma retrospetiva de vida, desde a infância ao seu percurso na área profissional.
Durante a entrevista, Pedro Ribeiro, que é pai de quatro filhos, (Mafalda e Gonçalo, de um primeiro casamento, Maria, de um segundo enlace, e Carminho, de seis anos, da relação com Rita Rugeroni), acabou por recordar um dos momentos mais difíceis na vida.
O caso deu-se quando a filha mais velha esteve desaparecida durante cerca duas horas, sem que ninguém conseguisse encontrar o seu paradeiro.
“Ela tinha dez, 11 anos, e tinha mudado recentemente de escola. (…) A Mafalda mudou para uma escola pública, e ela tinha que entrar numa carrinha de um ATL. E umas semanas antes nós fomos ensaiando a coisa“, começou por revelar.
“Mas no primeiro dia de escola, ligam-me para a rádio, do ATL, à tarde, a dizer que ela não tinha ido“, recorda. “Tu ligas para todo o lado, vou para a escola, uma vistoria completa, não estava. (…) Percorres os contactos dos pais, não estava em lado nenhum, vais à casa da mãe, aos parques infantis, e não estava“.
“E há um momento, em que sabes que já esgotaste todas as possibilidades. Ela não estava em lado nenhum“, continua. “Portanto, é preciso olhar para um sítio onde não se quer olhar“, comenta Júlia Pinheiro. “Foi na altura do Rui Pedro [caso da criança desaparecida desde 1998]. É impossível que, mesmo uma pessoa que não tenha filhos, não tenha projetado na sua vida. Ou seja, é possível uma criança evaporar-se e nunca mais a veres“, destacou o comunicador.
No entanto, ao fim de duas horas, o caso acabou por ser resolvido, já que a filha de Pedro Ribeiro tinha sido levada, por engano, para um outro ATL. A criança, na altura, terá tentado entrar em contacto com o pai, mas esse pedido foi-lhe negado.
“Tocou o telefone e era a Mafalda, a perguntar onde é que eu estava“, destaca o radialista, que confessa ter sido um dos momentos em que mais agradeceu a Deus.
“Ela tinha-se enganado na carrinha, não tinha havido uma chamada, e pior, porque é-me dito: ‘A sua filha estava a choramingar, mas nós pensávamos que eram nervos do primeiro dia. A sua filha já nos tinha pedido para lhe ligar’“, recorda.
“A ideia de um filho se evaporar, e nunca mais o veres… (…) Foi uma fase muito marcante na minha vida, sobretudo quando volto lá e me recordo“, rematou o radialista.