Marta Rangel recorda dias de luta contra a Covid-19: "Eu e a minha filha sobrevivemos"

A jornalista e ex-participante do programa 'Casados à Primeira Vista' encontrava-se na 17.ª semana de gestação quando descobriu que estava infetada com o novo coronavírus. Desenvolveu sintomas graves e chegou a estar hospitalizada nos cuidados intensivos.

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Reprodução Instagram, DR

Há precisamente um ano, Marta Rangel descobriu que estava infetada com o novo coronavírus. Grávida de 17 semanas, a jornalista e ex-participante do programa Casados à Primeira Vista foi hospitalizada com sintomas graves da doença e lidou posteriormente com um longo e difícil processo de recuperação, conforme fez questão de recordar através de uma publicação nas redes sociais.

"Há um ano dei entrada no Hospital S. Francisco Xavier com sintomas graves devido à Covid-19. Estava grávida de 17 semanas. Fiquei internada durante uma semana, três dias nos cuidados intensivos. Graças a uma equipa extraordinária - médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares, pessoal da limpeza, etc - eu e a minha filha sobrevivemos", começou por escrever.

"Um ano depois, estou muito melhor, mas ainda não estou bem. O check-up que fiz, há uns meses, mostrou que, felizmente, não tenho sequelas nos pulmões nem no coração. Mas, segundo o médico de Reabilitação Respiratória, estou a menos de metade da minha capacidade muscular (cerca de 48%). Como o médico disse que era recuperável com exercício físico (treino de força) e vitaminas, não me preocupei. Só “caiu a ficha” recentemente quando comecei a fazer Pilates. Se antes fazia, com facilidade, duas ou três séries de 20 ou 30 agachamentos, agora ao quinto agachamento senti as pernas a tremer e - pior - tive dificuldade em respirar", relatou, destacando o seu estado de saúde um ano após a infeção.

"É verdade que fazer exercício com a máscara dificulta a circulação de oxigénio - é um mal necessário. Mas senti mais do que isso: uma necessidade de respirar fundo, de parar, de ir buscar fôlego não sei bem onde. Outras pessoas que conheço que tiveram Covid relatam faltas de memória. No meu caso, acho (e espero!) que se devam ao cansaço e à privação de sono. Há também quem ainda não tenha recuperado o olfato e o paladar. Entre outras coisas. Um ano depois, volto a partilhar a minha experiência porque o país e o mundo voltam a estar numa situação de alerta. Acredito que muita coisa mudou - para melhor- mas também acho que a pandemia ainda não acabou e, provavelmente, não vai acabar com facilidade", continuou.

"Do que ouvi médicos, enfermeiros e investigadores dizer, trata-se de um vírus muito inteligente e ninguém sabe ao certo como se comporta. Acredito que está nas mãos de cada um de nós proteger-se e proteger os outros - independentemente das regras. O que aconteceu comigo pode ter sido uma exceção. Mas ninguém sabe quem poderá ser a próxima", rematou.

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