Maria João Abreu volta a entrar diariamente na casa dos portugueses já a partir da próxima segunda-feira, em Golpe de Sorte. Para já, fez uma breve aparição, este sábado no Alta Definição, onde revelou ter sofrido de bullying no teatro.
“Já sofri bullying no teatro a ponto de ir parar ao hospital. Foi grave, foi muito grave… foi mesmo mau. E durante um ano quase não dormi e tinha pesadelos”, começa por contar, durante a entrevista com Daniel Oliveira. “Na altura achei que era uma coisa pessoal e cheguei a perguntar se eu tinha dito ou feito alguma coisa, que tivesse prejudicado ou ofendido. Foi-me dito que não e depois vim a receber a informação de que mais pessoas também tinham sido vítimas da mesma pessoa. Quando percebi que essa pessoa era assim… ‘ok, então esta pessoa deve ter um problema muito grande e deve ser muito infeliz para andar a fazer isto aos outros’ e comecei a trabalhar a compaixão dentro de mim. Um dia estou num semáforo, essa pessoa passou e eu já tinha sentido raiva dela e nesse momento senti compaixão… pena.”
Maria João Abreu detalhou como aconteciam estas situações: “Era uma coisa dissimulada. No palco, mesmo. Estilo estar a fazer um casal amoroso e a pessoa em vez de estar a olhar para ti muito apaixonada, olha-te com ódio e cospe-te na cara… e aperta-te a mão e empurra-te quando vais entrar em cena. E tem de pôr delicadamente uma fatia de bolo no teu prato, mas atira com o prato, o bolo vai ao chão e diz ‘sai daqui!’”.
A incredulidade perante a situação, levou-a a, por vezes, colocar a culpa do seu lado: “Aquilo era tão fora que eu pensava assim ‘Não, isto não me está a acontecer. Não me estão a fazer isto. Se calhar sou eu que estou num dia menos bom e estou a pôr peso nisto (…) Eu não queria acreditar que aquilo estava a acontecer. Olhava para o lado, e como estavam pessoas mais idosas no elenco, eu por respeito fui aguentando, aguentando, aguentando… até que fui parar ao hospital, com um ataque de ansiedade, e não fui mais trabalhar”.